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Irina Fernandes deixou os tratamentos convencionais do cancro e procurou outras terapias. TVI mostrou o dia a dia no Jornal das Oito
Irina Fernandes continua a dar luta ao cancro de mama que lhe foi diagnosticado em 2020. A caldense fez tudo o que a equipa médica que a acompanha a aconselhou, incluindo sessões de quimioterapia que a auxiliaram na luta contra este cancro, agressivo, de nível IV e que lhe causou metástase na axila e no pulmão do lado esquerdo do corpo. Só que as células cancerígenas regressaram e, a partir de agosto passado, foi informada de que a doença tinha agravado.
“A medicina convencional não acredita na minha cura, mas na gestão dos sintomas da minha doença”, explica a caldense, acrescentando que toda a sua ação vai nesse sentido. E como acredita na sua cura, deixou por agora a medicina convencional e está apostada em fortalecer o seu sistema imunitário, pretende que seja o seu corpo a reconhecer as células cancerígenas e a defender-se delas. “Não sou contra a quimioterapia e não há escolhas definitivas”, referiu a caldense, que agradece o apoio dos médicos e da família nas suas decisões, apesar de alguns não concordarem com a sua escolha.
“Há muita coisa que faço e que vejo como tratamento”, disse Irina Fernandes, que adotou numa alimentação cuidada que não inclui carne, laticínios, açúcar, farinhas brancas. Bebe água filtrada e alcalina e come preferencialmente produtos biológicos.
“Não sou fundamentalista e se vou jantar fora, adapto-me às ofertas vegetarianas”, contou à Gazeta das Caldas, acrescentando que toma suplementos vitamínicos e CBD, um canibidiol que a auxilia na gestão da dor. Faz também sessões de medicina chinesa (acupuntura) e suplementação com ervas e cogumelos.
Esta mulher de armas dorme sete a oito horas por noite, faz meditação e fomenta pensamentos positivos. Diz também que estar com amigos é mais um dos seus tratamentos.
Por vezes surgem sintomas como tosse e febre, que gere de forma natural, sem recurso à quimioterapia. “A escolha que fiz leva mais tempo, mas acredito que o resultado irá manter-se durante mais tempo”, disse a caldense, que também faz exposição a condições adversas, como ao frio. Semanalmente, realiza treinos de resiliência e de gestão de stress como banhos de água gelada, feitos com exercícios de respiração consciente, coordenadas pelo marido, o psicólogo Rui Marques.
Cancro em “prime-time”
Irina Fernandes foi também a protagonista da série de reportagens ‘Amor Cura’ da TVI e CNN Portugal que foi exibida ao longo de uma semana, no Jornal das Oito, no início de fevereiro.
O seu quotidiano foi filmado durante dois meses – entre novembro e janeiro -, por uma equipa de reportagem, liderada pelo jornalista Diogo Ascensão. Deste trabalho resultaram cinco episódios, com 10 a 15’. “Foi uma ótima experiência, pois teve muito impacto. Recebi milhares de mensagens!”, disse a caldense, que deu a conhecer a forma como encara a doença e que fez com que o cancro fosse falado e debatido no horário nobre de um dos canais televisivos portugueses.“
“Tive a oportunidade de partilhar de que há formas mais felizes de viver depois de um diagnóstico de cancro”, sublinhou a lutadora que é uma presença regular em vários programas de televisão. “Uma das minhas missões é mostrar e partilhar como tem sido o meu processo de cura e de transformação”, disse a mulher que trabalhava para uma cadeia de ginásios antes do diagnóstico e que tem ajudado várias pessoas a combater as adversidades.
“Não podemos escolher as nossas circunstâncias, mas podemos escolher a forma como lidamos com elas”, referiu Irina Fernandes, frequentemente apelidada como guerreira pela forma como tem dado luta à doença. Ela, o marido e o filho mantêm ligação regular com as Caldas onde têm parte da família e muitos amigos. Sempre que vem, o casal faz treinos de exposição ao frio, nas águas da Lagoa de Óbidos.
