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Em menos de duas semanas foram feitos mais de um milhar de testes rápidos antigénio neste centro que funciona nas instalações do Espaço Ó, no Largo de S. Marcos. Procura tem aumentado
Em média, cerca de uma centena de pessoas estão a fazer testes à covid-19 no centro de testes rápidos antigénio, que está a funcionar nas Gaeiras e que resulta de um acordo entre a Junta de Freguesia das Gaeiras e a Farmácia Senhora da Ajuda. O município de Óbidos cedeu o espaço.
Esta parceria resultou da necessidade de implementar, a nível local, a resolução do Conselho de Ministros que determinou a adopção de um conjunto de medidas preventivas, entre elas a massificação da testagem, obrigatória no acesso a alguns eventos e equipamentos.
“Houve a necessidade de dar resposta às pessoas, desde os clubes de futebol aos profissionais que andam todos os dias no terreno e que precisam de estar testados”, explica o presidente da Junta de Freguesia, Ricardo Duque, lembrando que, no início, também a entrada na Vila Natal estava condicionada à apresentação de um teste negativo.
O centro está a funcionar desde 30 de novembro com duas colaboradoras e dois profissionais de saúde, que fazem os testes.
De acordo com José Ezequiel, diretor-técnico da Farmácia Senhora da Ajuda, a procura tem vindo a crescer, sobretudo aos fins-de-semana e véspera de feriado, com o centro a atender pessoas não só de Óbidos como também de Peniche, Lourinhã, Cadaval, Benedita, entre outras localidades.
“Estamos a fazer várias dezenas de testes por dia”, disse o responsável, acrescentando que não conseguem dar resposta à procura por falta de recursos humanos.
José Ezequiel realça que esta é uma resposta, desde logo ao nível da saúde pública, com o objetivo de quebrar cadeias de transmissão, mas também integra uma vertente social, na medida em que as pessoas precisam de ter o relatório do teste negativo para visitar utentes que estão nos hospitais ou nos lares, e é cada vez mais crescente essa procura. A estas junta-se ainda a vertente económica, pois também é preciso apresentar o resultado de um teste negativo para participar em alguns eventos, ou ir a restaurantes e discotecas.
São, aliás, os jovens quem mais procura o centro de testes. Muitas das vezes estes “dão positivo e vamos fazer testes aos avós”, que também já estão infetados. E o clínico exemplifica: “tivemos um caso agora mesmo de uma menina que está em casa positiva. O avô veio fazer o teste juntamente com o pai e o primeiro já está positivo mas o pai ainda está negativo”, disse, acrescentando que os mais novos estão a ser a maior cadeia de transmissão do vírus. “A parte boa é que os sintomas que a maior parte das pessoas apresenta são muito ligeiros, como uma ligeira congestão nasal, alguma tosse, graças à vacinação”, concretiza.
O responsável tem conseguido disponibilizar testes rápidos em número suficiente para a resposta que conseguem dar, em termos de recursos humanos, e acredita que esta resposta está assegurada até ao final do ano, O mesmo não está a acontecer com os auto testes, pois há mais de 15 dias que não consegue adquiri-los para a farmácia.
A funcionar até ao fim do ano
O centro de testes estará a funcionar das 8h30 às 16h30 até ao final do ano e em janeiro será reequacionada a sua continuidade. O diretor-técnico da farmácia das Gaeiras realça o esforço que a equipa está a fazer, pois, para além de assegurar o volume imenso de trabalho da realização dos testes, tem de continuar a trabalhar com os clientes na farmácia. “Desde 30 de novembro, toda a equipa tem estado a trabalhar das 7h30 às 20h00, exceto sábado à tarde e domingos”, nota o profissional de saúde, que prevê que a procura pela realização de testes possa aumentar com o aproximar do Natal.
“A farmácia sempre foi vista como uma porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde e mais uma vez, nesta situação da testagem, as pessoas recorrem às farmácias”, referiu José Ezequiel, acrescentando que esta escolha prende-se com a confiança, rapidez, facilidade com que as coisas são feitas e a organização que evidenciam. ■
