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Várias ossadas humanas encontradas durante as escavações que estão a ser feitas no âmbito das obras da regeneração urbana, no largo Conselheiro José Filipe (traseiras do Hospital Termal), foram já tapadas de acordo com o que está previsto na lei.
“Foram tapadas com geo-têxtil e uma camada de areia fina, e a localização foi identificada”, disse à Gazeta das Caldas o vereador Hugo Oliveira.
Os ossos (um fémur, uma tíbia e vários fragmentos) foram encontrados quando o empreiteiro da obra estava a abrir uma vala para tentar descobrir onde estava uma caixa de esgoto. “As ossadas estavam bastante dispersas e sem nenhuma configuração aparente. É bastante normal isso acontecer em centros históricos”, comentou o arqueólogo estagiário Ricardo Lopes, que dá assistência ao arqueólogo Adolfo Martins, contratado pela autarquia como consultor.
Este é o segundo arqueólogo que a Câmara das Caldas tem a estagiar no âmbito do Programa de Estágios Profissionais na Administração Local (PEPAL). “O outro estágio terminou e optámos por ter mais um estágio, por uma questão de critérios”, comentou Hugo Oliveira, que destacou o facto de Ricardo Lopes ser caldense.O estagiário, licenciado em Arqueologia na Faculdade de Letras de Coimbra, suspeita que as ossadas tenham sido colocadas no local durante outras obras que decorreram no largo nos anos 60. Como na altura não era obrigatório o acompanhamento arqueológico de obras desta natureza, como agora acontece, “se calhar as pessoas encontravam os ossos e punham para o lado”.
O relatório do achado foi entregue ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), cujos técnicos estiveram nas Caldas a 26 de Abril para observar as ossadas e recolher amostras.
Segundo Hugo Oliveira, é esperado que quando as obras comecem na Praça da República surjam mais achados destes, até porque é uma zona com edifícios religiosos.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt
