Profissionalismo e ética reconhecidos pelos rotários caldenses

Cerca de 140 pessoas juntaram-se, no passado dia 25 de Janeiro, no restaurante A Lareira, para homenagear o engenheiro João Sá Nogueira e o empresário Carlos Paulo com a distinção de mérito Carreira Profissional e Profissional do Ano, respectivamente.
A cerimónia foi aproveitada pelos rotários caldenses para integrar mais um elemento ao clube, Jean Pierre Hougas, presidente da União dos Franceses no Estrangeiro, da região Oeste.

O mês de Janeiro é dedicado, pelo Rotary Internacional, aos profissionais, sendo os clubes incentivados a homenagear quem na sua comunidade se distinguiu pelo profissionalismo e ética. Este ano os rotários caldenses reconheceram o mérito pela carreira profissional de João Sá Nogueira, director durante mais de 30 anos na INAPA (empresa produtora de papel) e do empresário da restauração Carlos Paulo.
A sala esteve repleta de amigos e familiares dos homenageados.
“Foi uma surpresa, mas é muito agradável sentir que o nosso esforço e dedicação é reconhecido”, disse o empresário Carlos Paulo ao receber a distinção , que partilhou com o irmão, Rui Paulo, e equipa de trabalho e a família.
Também João Sá Nogueira, destacou a “alegria, emoção e gratidão” que sentiu com esta homenagem aos seus 54 anos de carreira. Referindo-se ao movimento rotário, que integra através dos clubes de Setúbal e das Caldas da Rainha, o homenageado destacou a aprendizagem que tem feito, ao nível de “valores que é bom copiar e publicitar”.
Entre os presentes foram muitos os amigos, família e colaboradores, que quiseram usar da palavra para enaltecer as qualidades dos distinguidos, em várias áreas.
Margarida Oliveira Martins, da Fundação Ronald Mcdonald’s, dirigiu-se a João Sá Nogueira como o seu “amigo mais velho”, por quem a equipa nutre uma “grande estima” e que consideram um exemplo de “vivacidade e espirito de solidariedade”.
Também presente na cerimónia, o presidente da Assembleia Municipal, Lalanda Ribeiro, destacou o percurso “notável” de Carlos Paulo na área da restauração. Referindo-se a João Sá Nogueira, que conhece desde criança, lamentou que as Caldas não tenha “aproveitado como devia” o seu currículo, nomeadamente no campo social.
Já o ex-presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa, salientou que os homenageados, que bem conhece, têm um denominador em comum: a solidariedade. Esta qualidade foi ainda evidenciada pelo actual autarca, Tinta Ferreira, que destacou que muitas famílias caldenses beneficiaram do apoio da Fundação Ronald Mcdonald’s.
Numa analogia com o futebol, Tinta Ferreira, congratulou o clube caldense pela “contratação de mais um craque para a equipa” referindo-se à emblemagem de Jean Pierre Hougas, presidente da União dos Franceses no Estrangeiro, da região Oeste. O autarca lembrou o grande contributo que este imigrante tem dado na integração da comunidade francesa na região. “Todas as semanas está no Posto de Turismo a acolher e a dar conselhos aos cidadãos que querem vir para a região”, disse, acrescentando que criou como que um “pequeno consulado” nas Caldas da Rainha.

Administrador e humanista

Nascido em 1938, João Sá Nogueira fez a escola primária nas Caldas da Rainha, tendo depois prosseguido estudos em Leiria, Coimbra e Lisboa onde se viria a licenciar em Engenharia Química Industrial. A sua carreira profissional começou em 1966, chegando a administrador INAPA. Também foi administrador da Fernandes Converting (empresa industrial do grupo Papelaria Fernandes) e editor da revista Pasta e Papel.
João Sá Nogueira foi um dos fundadores da Comissão da Associação Industrial Portuguesa para o Ambiente e actualmente é membro da associação ambientalista Zero. O currículo do homenageado inclui ainda diversos cargos em entidades da área corporativa e da responsabilidade social, como é o caso da Fundação Ronald Mcdonald’s, que liderou até 2017.

A trabalhar desde os 12 anos

O empresário da área da restauração, Carlos Paulo, foi homenageado como profissional do ano. Natural da freguesia de Santa Catarina, Carlos Paulo nasceu em 1967 e, após concluir a escolaridade obrigatória, foi morar para as Caldas, onde arranjou o primeiro emprego. Tinha 12 anos e era ajudante de cozinha no restaurante Cinco Bicas. Ali ficou durante seis anos e aprendeu as bases da sua profissão.
Aos 18 anos Carlos Paulo abriu, em sociedade, o restaurante Estrela Azul onde desempenhou, pela primeira vez, as funções de gerente. Quatro anos depois compra a quota do sócio e estabelece-se por conta própria. O empresário manteve-se no Estrela Azul até 1992, mas como o espaço era reduzido pela número de clientes, adquire o Restaurante “Paraíso”, na estrada de Tornada, onde esteve durante 23 anos. Em 2014 abriu o Paraíso do Coto, que gere até hoje.
Mas o homenageado alia a sua actividade económica à responsabilidade social, apoiando diversas iniciativas de instituições locais e fomentando o voluntariado dos seus colaboradores.
Com uma equipa de 35 colaboradores, Carlos Paulo serve no seu restaurante cerca de 90 mil refeições por ano e realiza diversos eventos no exterior com serviço de catering.