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Depois de um período em que a exploração da linha do Oeste não sofreu grandes sobressaltos (nem por greves nem por avarias), registaram-se na semana passada perto de 20 supressões de circulações, que deixaram passageiros em terra e outros transportados por autocarro ao serviço da CP.
O motivo foi avaria do material circulante dado que as automotoras são velhas e a empresa não tem outras composições para as substituir.
No dia 2 de Outubro foram suprimidos dois comboios, no dia seguinte nove e no outro dois. Registaram-se também mais algumas supressões ao longo da semana.
Como a CP não tem material de reserva, como acontecia antigamente, sempre que uma automotora avaria, isso repercute-se no serviço pois não é possível assegurar a rotação de outras circulações.
Contactada a CP, fonte oficial daquela transportadora, diz que houve necessidade de imobilizar quatro automotoras UDD (Unidades Duplas Diesel) em oficina, tendo procurado resolver a situação com uma automotora Allan.
Numa indirecta aos atrasos das electrificações por parte da Infraestruturas de Portugal (antiga Refer), a CP diz que “a electrificação é sem dúvida a solução mais eficiente para a resolução deste e de outros problemas, bem como para a melhoria da competitividade e sustentabilidade operacional”. É que a empresa tem falta de material diesel, mas tem excedente de material eléctrico que não pode usar no Oeste porque a linha não foi electrificada.
Ainda segundo a CP, no período de Janeiro a Agosto de 2016, foram transportados cerca de 331.000 passageiros o que representa um crescimento de 1,7% face ao período homólogo de 2015. A nível nacional esse crescimento, no mesmo período foi de 1.4%.
