Calendários de Bandeira Duarte inspirados na azulejaria citadina

Depois de locais das freguesias, caldense inspira-se nas fachadas da cidade para novos calendários

Abriu ao público, no sábado, 16 de novembro, no Café Central, na Praça da Fruta, a exposição “12 Meses – 12 Azulejos” com o lançamento do Calendário de 2025, proposto pelo designer caldense, Manuel Bandeira Duarte.
A exposição, que vai ficar patente até 24 de dezembro, é composta pelos desenhos originais dos azulejos que também integram o calendário relativo ao ano de 2025.
Segundo o seu autor, este calendário pretende representar a cidade das Caldas através do desenho, ilustrando uma tipologia de arte que tanto a caracteriza e que é a arte azulejar.
Constituindo uma forma diferente de demonstrar quem somos, a cada mês corresponde um registo gráfico de um azulejo de uma fachada caldense.
“O percurso começa em janeiro na estação de comboios e que só termina em dezembro na Escola do Parque”, contou o autor que escolheu vários tipos de azulejo para retratar nas páginas dos meses do ano do seu calendário. “Escolhi os que eram mais conhecidos ou mais apelativos a nível visual”, afirmou o designer de Ambientes que é também mestre em Arte e Design para o Espaço Público.

Presentes estão exemplares hispano-mouriscos (de gosto renascentista da primeira metade do século XVI) , outros de feição mais geométrica ou que foram produzidos pela Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, de Bordalo Pinheiro. É o caso do modelo de azulejo padrão “Gafanhotos” que vieram dessa unidade fabril e também do azulejo padrão “Pé de Galo” que também são daquela fábrica e dos quais há um friso superior que decora a fachada da Escola Primária do Parque.
Entre as escolhas estão os notáveis exemplares de Herculano Elias que vivem na Rua das Montras e que foram feitos nos anos 60 do século passado, na Fábrica Secla. Agora também decoram o mês de abril de 2025 nesta proposta gráfica do autor caldense.
“Há muitas particularidades nos azulejos e para executar este trabalho tive que os estudar”, contou o autor que no ano anterior se dedicou a desenhar locais simbólicos das várias freguesias do concelho das Caldas.
Este projeto apresenta-se em duas formas diferentes, isto é, o calendário de parede e o calendário de secretária. Cada um custa dez euros.
Em relação à edição do ano anterior, o novo calendário conta com algumas novidades tais como a contagem das semanas e o início do ano de 2026.

Ode à Primavera regressa em 2025
Manuel Bandeira Duarte é também o autor da ilustração de um postal que retrata o próprio Café Central e que está à venda naqueles estabelecimento comercial.
O caldense é um dos responsáveis pela iniciativa “Ode à Primavera” e, por isso, os convites às pessoas para participar com as andorinhas, vão começar a partir do início do próximo ano.
Os organizadores querem aumentar o número de participações, em relação à edição de estreia e que atraiu tantos visitantes a conhecer as diferentes propostas artísticas no espaço público e nas montras das lojas caldenses. ■