25 de novembro: a luta continua!

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Smitá Coissoró
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O 25 de Novembro de 1975 marcou uma das batalhas mais importantes pela democracia em Portugal. Perante uma tentativa de golpe por parte de uma fação mais radical das Forças Armadas, os militares do Regimento de Comandos, coordenados pelo General Ramalho Eanes, conseguiram restabelecer a ordem democrática, que se viria a manter em Portugal até hoje.

Esta data, que nunca foi devidamente comemorada, é mais do que um marco histórico; é um símbolo permanente da luta pela moderação e pelo senso comum, contra radicalismos de qualquer origem. Lembrar o 25 de novembro é reafirmar o compromisso com a liberdade de expressão e o pluralismo – algo muito atual hoje, num tempo em que enfrentamos novos radicalismos que pretendem limitar a nossa liberdade de expressão e impor visões sectárias e distorcidas.

Apesar de sua importância, o 25 de novembro foi sendo afastado do espaço público pela esquerda. O CDS, no entanto, sempre manteve viva essa memória democrática, como tributo à coragem dos que estabilizaram o país e às forças que escolheram a liberdade e a democracia representativa. Com a nova maioria de direita no Parlamento, conseguiu ver aprovada  a proposta de celebração anual do 25 de novembro na Assembleia da República, no reconhecimento da nossa história democrática.

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Esta proposta não é apenas um gesto simbólico, mas uma reafirmação do compromisso com a liberdade e a democracia. A cerimónia será uma sessão solene, com honras de Estado e um formato similar ao das celebrações do 25 de Abril, incluindo figuras centrais da época e representantes das Associações Académicas de todo o país. Este convite aos jovens reflete a nossa convicção de que a democracia é uma conquista a ser defendida, especialmente pelas novas gerações. Este momento é importante para que os jovens compreendam que liberdade e pluralismo não podem ser dados por garantidos: são conquistas frágeis e constantemente ameaçadas. Proteger a democracia contra qualquer radicalismo é uma responsabilidade que pertence a todos nós.

A luta pelo 25 de novembro não é apenas sobre o passado; reflete desafios muito atuais. Vivemos num tempo em que o “wokismo” impõe uma agenda cultural que sufoca o debate e limita a liberdade individual. Em nome de uma suposta justiça social, o “wokismo” recorre frequentemente ao radicalismo e ao dogmatismo, promovendo divisões e minando os valores democráticos de pluralismo e moderação. Precisamos de fazer valer o senso comum e reagir contra as imposições absurdas de grupos minoritários disruptivos.

A nossa democracia exige que estejamos atentos para que o politicamente correto não se transforme num autoritarismo disfarçado.

Compromisso com o Futuro: Senso Comum e Liberdade

Celebrar o 25 de novembro é reafirmar o compromisso com uma democracia equilibrada, plural e moderada. Esse compromisso não é apenas histórico; é atual e urgente. Num tempo em que enfrentamos polarizações ideológicas, populismos e novos estereótipos culturais, precisamos garantir que o senso comum e a liberdade prevaleçam.

O CDS, ao insistir nesta celebração, lembra que a moderação e o respeito pela liberdade individual são essenciais para uma sociedade democrática e equilibrada. Este é o caminho para uma democracia sólida: rejeitar extremismos e manter o compromisso com o senso comum e com a liberdade de pensamento.

Esta é a nossa batalha contemporânea: garantir que a democracia seja, de facto, um espaço para todos, livre de imposições, censuras e cancelamentos.

Smitá Coissoró

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