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Rui Vieira
Gestor
Nas Caldas da Rainha há um movimento silencioso, mas poderoso, a acontecer. Não nasce de grandes investimentos nem de estratégias políticas complexas. Nasce de pessoas, de encontros, da vontade genuína de criar, colaborar e transformar.
Vivemos num tempo em que a palavra “inovação” é associada frequentemente a tecnologia de ponta, startups ou apenas grandes centros urbanos. Mas a verdadeira inovação — aquela que muda vidas e fortalece cidades é social e pode muito bem começar à mesa de um café, numa conversa entre vizinhos, ou numa sala partilhada por pessoas diferentes com ideias diferentes, mas propósitos comuns.
Uma comunidade forte, diversa e colaborativa é o terreno mais fértil para a inovação local. Porque é nela que se testam ideias com os pés assentes na realidade. É nela que se criam soluções para os desafios da própria cidade. É nela que se aprende, que se erra, que se volta a errar, que se ajusta e se cresce.
Acredito que o futuro das cidades não está apenas nas infraestruturas, mas nas relações. Acredito que quanto mais conseguirmos fortalecer os laços entre pessoas, mais estaremos a criar uma base sólida para a inovação que realmente importa: aquela que transforma o lugar onde vivemos.
Talvez não tenhamos os holofotes das grandes cidades, mas temos algo mais valioso — uma comunidade viva, com sede de impacto social e isto, nas Caldas da Rainha, é ouro.
