Mitos sobre a atividade física

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Vítor Ilharco
Personal Trainer

A atividade física é uma área em grande expansão e, como tal, há cada vez mais conhecimento, mas também mais desinformação. Este artigo é, por isso, dedicado a esclarecer alguns mitos que teimam em persistir no mundo do fitness.

1 – Fazer abdominais é a melhor forma de perder gordura na barriga
Não é possível escolher onde o corpo elimina gordura, pelo que fazer mil abdominais não fará desaparecer a gordura abdominal. A perda de gordura ocorre de forma generalizada e depende de vários fatores, incluindo a alimentação e a genética. Uma das melhores estratégias será criar um défice calórico, ou seja, gastar mais calorias do que aquelas que se consomem diariamente.

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2 – Suar muito significa queimar mais gordura
Este mito é especialmente comum entre quem treina com roupa extra, na tentativa de “queimar” mais gordura. Esta prática imita o que muitos atletas de combate fazem antes de uma pesagem, o que resulta, sim, numa perda de peso… temporária. O que se perde é água, e basta voltar a ingerir líquidos para repor o peso anterior. O suor é apenas um mecanismo de regulação da temperatura corporal. O que conta verdadeiramente é a intensidade e a duração do esforço.

3 – Só vale a pena se for pelo menos uma hora
Embora existam recomendações de 150 minutos semanais de atividade física aeróbia de intensidade moderada, qualquer movimento conta. Sessões curtas de 10 a 15 minutos ao longo do dia já podem ter impacto positivo na saúde. O mais importante é a regularidade.

4 – O exercício compensa uma má alimentação
A famosa frase “eu treino, eu posso” é um dos maiores equívocos. Primeiro, porque é fácil ingerir numa só refeição todas as calorias gastas num treino intenso. Segundo, porque alimentação e exercício produzem benefícios distintos e complementares para a saúde. Um não substitui o outro, devem caminhar lado a lado.

5 – Alongar evita as dores musculares no dia seguinte
Um dos mitos mais difundidos — e até recentemente reforçado por uma das maiores cadeias de ginásios do país. O alongamento tem benefícios, como melhorar a flexibilidade (se feito com o volume e intensidade adequados) e promover o relaxamento. No entanto, não previne nem reduz as dores musculares tardias, que surgem após treinos intensos. Essas dores resultam de microlesões naturais no músculo, e o corpo precisa de tempo para recuperar. Aliás, alongar em excesso pode até agravar o desconforto. Se gosta de alongar após o treino, óptimo. Tal como uma massagem, pode ser uma excelente forma de terminar. Mas saiba que não evitará as dores musculares com isso.

Procure sempre profissionais qualificados e fontes de informação credíveis. Treinar bem começa pela teoria.

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