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O Dr. Mário Soares não observou imperativos de gratidão e de ética quando se referiu depreciativamente a António José Seguro ( dizendo que se devia demitir, em lugar de só andar a dizer disparates, ou que só queria poder, etc.).
Não se critica que tenha optado politicamente por António Costa, mas o que me choca é que Mário Soares (que há três anos abraçou Seguro, recordando ser ele casado com uma neta de uma Senhora de Caldas da Rainha a quem o ligava uma amizade de há muitos anos), esqueça agora o carinhoso acolhimento que, no passado, em momentos politicamente difíceis para ele, recebeu da família Maldonado Freitas, de Caldas da Rainha!
Ficava- lhe bem que se limitasse a manifestar o seu apoio a Costa, porém, pelas razões que ele próprio fez questão de enaltecer e recordar quando Seguro foi para secretário-geral, ficam-lhe muito mal os acrescentos que utilizou para se opor a Seguro.
Por não se ter escusado a eles, dá azo a que conclua não ter o sentido da gratidão e da ética, que, diga-se, também não ficam mal em política!
Luís do Nascimento Ferreira
