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Praticamente metade dos residentes do Oeste em idade ativa têm mais de 45 anos
A população ativa do Oeste teve comportamento inverso à população total e sofreu uma redução de 2%, segundo os Censos 2021. São menos 3.495 trabalhadores em relação ao apurado nos Censos 2011.
É de destacar que apenas Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Alenquer ganharam população ativa em relação a 2011. Peniche foi o concelho da região que mais perdeu, acima dos 10%.
A redução face a 2011 é claramente distinguida pelos números, com uma fronteira bem definida aos 44 anos, em que há uma viragem do decréscimo de população ativa nas faixas mais jovens, para um aumento nas seguintes.
A faixa etária que mais viu reduzir o número de residentes com idade e capacidade para trabalhar é a dos 25 aos 34 anos, que superou os 25% na região e ficou acima dos 20% em todos os concelhos. Só nesta faixa, que é a terceira mais significativa, são menos 11.828 trabalhadores no Oeste.
Todos os concelhos da região perderam população ativa em todas as faixas etárias até à dos 35 aos 44 anos. Nesta última, a redução 11,9%, enquanto na dos 15 aos 24 anos a quebra ascendeu aos 19%.
A partir dos 45 anos a população ativa aumenta. Na faixa etária até aos 54 anos, o número aumentou 13%, para um total de 46.932 residentes ativos. É, ainda, de notar que esta passou a ser a faixa etária predominante, quando na década anterior a faixa predominante era a dos 35 aos 44 anos. As duas faixas etárias seguintes são as duas que mais aumenta. Até aos 64 anos, a população ativa aumentou 41,9%, para um total de 30.627. São mais 9 mil do que nos Censos 2011.
Mas é na faixa acima dos 65 anos que mais se percebem as consequências do envelhecimento da população. Menos trabalhadores significa necessidade de aumentar a idade da reforma. Acima dos 65 anos, a população ativa subiu 101,1%.
É, ainda, de notar, que as faixas acima dos 45 anos rondam os 82 mil residentes, praticamente metade da população ativa. ■
