O Seu Animal Sai Sozinho?

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Deixar o seu animal de estimação passear na rua sozinho não é uma boa ideia e pode resultar nalgumas consequências graves. Se o faz e quer deixar de o fazer, saiba como pode fazer a transição.

As saídas sem supervisão acarretam perigo para os próprios animais, entre eles o atropelamento, o envenenamento, a possibilidade de contrair doenças, pode ser ferido por outros animais. Fica ainda exposto a todo o tipo de maus-tratos por parte de pessoas intolerantes ou mal-intencionadas, o que inclui rapto para servir de treino para lutas de cães, para ser usado para reprodução ou para ser vendido clandestinamente.
Deixar o animal de estimação ir à rua sem supervisão envolve diversos riscos para o próprio, mas também para a comunidade. Uma das consequências dessas saídas é a procriação, que faz aumentar o número de animais na rua, já que um animal, seja ele cão ou gato, não esterilizado que passeia sozinho poderá acabar por se reproduzir com animais na rua.
Estas crias de mães de rua, quando não são recolhidas, acabam por ser sofrer de subnutrição, doenças, maus-tratos e até atropelamento.
O número excessivo de animais nas ruas do nosso país deve-se sobretudo a ninhadas geradas por cães e gatos que foram simplesmente “dar a sua voltinha”.
Outra questão que se levanta é a da segurança. Um cão em circulação livre terá probabilidades de incomodar pessoas e outros animais, incluindo os que passeiam com trela. Há ainda a questão dos ataques entre animais. Não são raros o casos de animais de rua, e até domésticos, que acabam gravemente feridos, ou mesmo mortos, em ataques de outros animais que se passeiam livres.
Uma cadela que se passeia sozinha com o cio irá provocar tentativas de fuga dos machos que sentem a sua presença.
Finalmente, existe ainda a questão dos dejectos animais. Se há donos sem sensibilidade para esta questão, o problema sobe obviamente de tom quando o animal sai sozinho à rua.
Para acabar com estas saídas, a primeira medida é evitar que eles saiam sozinhos. Muitas vezes estas saídas acontecem porque os quintais ou jardins não estão devidamente vedados. Pode nem ser necessário altear os muros, bastando montar um sistema de contenção.
Se o seu animal escapar por uma janela ou varanda, há protecções para todo o tipo de necessidades, com grades protectoras, painéis de rede mosquiteira e até mesmo rede para terraços e varandas. Se o problema for a abertura do portão quando se entra ou sai com o carro, analise instalar um portão intermédio. Em alternativa, feche primeiro o seu animal em casa, saia com o carro e entre depois a pé para deixar o seu animal seguro no jardim.
Quanto às saídas com o seu animal, comece por sair de forma frequente e durante cerca de meia hora. O seu animal vai apreciar o tempo de qualidade que vai ganhar com o seu melhor amigo.
No caso de gatos, se o seu animal estiver habituado a passar a maior parte do tempo fora, o melhor será ir diminuindo gradualmente o número de saídas e a duração delas, até não o deixar mais sair de todo. Em qualquer caso, quer faça uma transição gradual ou uma interdição imediata das saídas, dê sempre muita atenção, comida apetitosa e entretenimento ao seu animal dentro de casa. Coloque-lhe também à disposição duas caixas de areia para ele fazer as necessidades, uma delas junto à porta ou janela por onde ele saía de casa, e limpe-as sempre de manhã e à noite. É também importante oferecer-lhe algo onde afiar as unhas. As primeiras duas a três semanas serão as mais difíceis. É essencial que seja persistente, paciente e que não ceda. É natural que o seu gato mie incessantemente para sair, que raspe à porta ou faça as necessidades fora do sítio. Mas ele acabará por se habituar à nova realidade e, com a sua ajuda, em poucos meses será um gato com uma vida feliz e segura.
Se o seu animal não for esterilizado, considere fazê-lo. Um animal esterilizado torna-se muito mais caseiro, pois a esterilização tem um efeito bastante calmante no comportamento dos animais, uma vez que estes deixam de ter instintos de procriação.

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