“Temos orgulho e estar no top 10 da ginástica nacional”, diz Stélio Lage

O clube caldense está a assinalar em 2016 o 25 aniversário e prepara a nova campanha em cima de uma temporada que foi rica em conquistas e em eventos organizados. O clube recebeu nas suas instalações os campeonatos regionais e nacionais de duplo-mini trampolim e tumbling, para além de ter enchido o pavilhão Rainha D. Leonor em duas ocasiões, com o festival para as crianças das escolas e o festival internacional, no qual recebeu palavras elogiosas do presidente da Câmara, Tinta Ferreira, “que sentimos terem sido gratificantes”, considera Stélio Lage.
Para além dos eventos, o clube conseguiu um interessante conjunto de resultados desportivos com os atletas de competição, dos quais se destacam os títulos nacionais para Manuel Oliveira e para a equipa do clube em tumbling, no escalão de seniores. E ainda o título de Ana Pavliv na cama elástica, que é um aparelho olímpico.
No ano em que assinala um quarto de século o clube também ultrapassou a fasquia dos 200 atletas, o que é objectivo também para anova época.
“Queremos atingir a mesma meta em número de praticantes e tentar que as coisas sigam como noutras épocas com alguns resultados – até porque 2017 volta a ser ano de Mundial por Idades –, embora a principal preocupação seja a formação e a iniciação dos alunos”, refere Stélio Lage.
No universo de alunos, menos de um quarto são atletas federados, cerca de 40. As classes de iniciação, formação e pré-competição são a antecâmara que permite recrutar os talentos para a equipa de competição e Stélio Lage está satisfeito por ter “uma base muito alargada, com duas classes de iniciação, cinco ou seis de formação e as de pré-competição antes da ginástica geral ou de competição”.

“TALENTO NÃO CHEGA”

Os alunos podem iniciar-se com quatro anos, embora nalguns casos possam começar com apenas três anos. Os novos alunos são direccionados para as classes de iniciação ou de formação, consoante as idades, mas podem não ficar toda a época na mesma classe. “Temos sempre reuniões de técnicos e eles é que dizem os que têm mais talento. Temos uma política que se o aluno tiver nível de desempenho técnico para subir de classe, chamamos os pais e propomos a mudança”, explica o professor.
No entanto, ter talento não chega, sublinha. “Ter potencial é um princípio, mas para conseguir os resultados é preciso muito trabalho, mais trabalho do que talento”.
Além das classes existentes, este ano deverá ser formada uma nova classe para demonstração.
Na época passada o clube esteve servido por cinco técnicos e quatro monitores, número que espera manter este ano. As classes trabalham com 15 alunos e duas pessoas (um treinador e um monitor, ou dois treinadores) a acompanhar.
Hoje o clube tem excelentes condições para a prática da modalidade, em termos de espaço e de equipamentos. “As instalações foram uma luta e uma conquista muito grande, temos uma área espectacular e meios muito bons”, refere Stélio Lage. Todos os anos o clube procura adquirir novo material e o presidente do clube acredita que o Acrotramp está hoje “equiparado com os melhores clube a nível nacional, estamos seguramente no top 10 da ginástica nacional, isso para nós é um motivo de orgulho muito grande”.
Apesar de os resultados competitivos serem a principal montra do clube, Stélio Lage adverte a prática desportiva por si só não deve ser descurada e constitui uma mais-valia para a formação da pessoa no global. “Quem é muito bom no desporto normalmente é bom aluno, porque se ganha hábitos de disciplina, de trabalho e organização muito fortes através do treino”, salienta.
Por outro lado, ainda é necessário combater os hábitos de vida sedentária na população. Um caminho que se está a trilhar e que “aos poucos creio que se vai lá chegar”, acredita o professor de educação física.

INSCRIÇÕES ABERTAS

Encontram-se abertas as inscrições para a época de 2016-2017 no Acrotramp Clube das Caldas nas instalações do clube (ginásio do pavilhão Rainha D. Leonor), todos os dias úteis das 18 às 20 horas, durante o mês de Setembro.