Técnico caldense Hugo Serrenho representa Portugal nos Jogos Paralímpicos

0
1415
A atleta paralímpica Ana Veiga com o técnico caldense Hugo Serrenho e o cavalo “Convicto” | D.R.

O caldense Hugo Serrenho vai estar presente como treinador nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 na disciplina de paradressage.
O técnico caldense foi nomeado chefe de equipa da disciplina de equitação pelo Comité Paralímpico Português e está no Brasil desde o passado sábado, 3 de Setembro para os Jogos do Rio de Janeiro. Hugo Serrenho acompanha a atleta lisboeta Ana Mota Veiga, que entra em competição com o cavalo Lusitano “Convicto”, no dia 12 de Setembro.
Para o técnico caldense, “é um orgulho e um prazer enorme estar a conviver neste ambiente espectacular dos Jogos Paralímpicos. Estou certo que será uma experiência inesquecível”, acrescenta.

Em termos desportivos, o apuramento para a prova Kur (prova livre com música) “seria excelente”, considera. E as medalhas não são impossíveis de alcançar. “Vamos fazer tudo para que isso aconteça tendo consciência que a concorrência é muita”, diz Hugo Serrenho, certo que, com ou sem medalhas, a experiência vai ser “inesquecível”.
Ana Veiga diz que tem evoluído de forma “muito positiva” a trabalhar com Hugo Serrenho, o que a deixa “muito satisfeita” com a parelha que têm formado.
A Equitação Adaptada é uma das valências da Equitação com Fins Terapêuticos, cujos objetivos são sobretudo lúdicos e/ou desportivos tornando-se, assim, na Paradressage.
O expoente máximo da disciplina é atingido nos Jogos Paralímpicos (atletas com deficiência motora) e nos Jogos Mundiais do Special Olympics (para os atletas com deficiência intelectual).
Ao nível da competição, a equitação adaptada é praticada na variante de Dressage, dando origem ao Ensino Adaptado ou Paradressage, materializado em provas realizadas em picadeiro onde o conjunto deverá executar exercícios e figuras segundo um traçado predefinido.
Neste momento a exercer as suas funções de treinador no Centro Hípico da Costa do Estoril, Hugo Serrenho é monitor de equitação desde 1998 e monitor de equitação terapêutica desde 2002.
Colaborou com o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor vários anos onde trabalhou com técnicos e utentes/clientes, a quem deve muita da sua experiência.
Como monitor de equitação terapêutica trabalhou na Associação Amigos do Desporto Equestre e, num passado recente, durante cinco anos na Associação Hípica “O Cavalo de Óbidos”.
Colabora ainda com a Associação de Criadores de Puro Sangue Lusitano do Oeste em actividades/eventos, como a Feira do Cavalo Lusitano do Oeste, que se tem realizado no parque D. Carlos I, desde a sua primeira edição.