Seja competição ou lazer, o desporto está em suspenso

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O desporto foi rápido a responder à crise e parou. Mas a actividade física é importante para manter a saúde física e mental. O regresso das provas oficiais é, ainda, uma total incógnita.
As competições desportivas estão suspensas sine die. Esta é a uma realidade na região, no país, e em praticamente todo o mundo. Mas não são só as competições que estão paradas. Também nas actividades desportivas de manutenção e lazer, em ginásios e colectividades, se fez uma pausa prol da saúde pública, até que a situação melhore.
Uma das primeiras entidades que tutelam o desporto a suspender as suas provas foi a Associação de Futebol de Leiria, presidida pelo caldense Manuel Nunes. No dia 9 de Março foram suspensos os cursos formação de treinadores e os treinos dos árbitros e das selecções distritais de futebol e futsal, assim como as reuniões do executivo da associação.
No dia seguinte, quando a Federação suspendeu as provas dos escalões de formação, mantendo as de seniores à porta fechada, a AF Leiria parou todas as competições.

“EM PRIMEIRO LUGAR ESTÁ A SAÚDE”

“A forma de combater este problema é o distanciamento social. Para nós, a melhor forma de o fazer era suspender tudo”, relatou Manuel Nunes. A Federação e a Liga decidiram pelo mesmo no dia seguinte. “Em primeiro lugar está a saúde e é isso que está em causa neste momento”, sustenta o dirigente.
A suspensão não tem prazo determinado. Manuel Nunes diz que as provas só retomarão sob a ordem das autoridades de saúde, do governo e da Federação.
Mesmo que este período de isolamento termine em Abril, ou Maio, o retomar da normalidade não poderá ser imediato. “Há toda uma organização logística a preparar, assim como as próprias equipas. Não será de um dia para o outro”, explica o presidente da AF Leiria.
A incerteza vai além da possível retoma das competições. Caso não se concluam as provas, também não há ainda cenários certos para definir campeões, subidas e descidas de divisão. “Está a ser visto por juristas, de acordo com os regulamentos, mas este é um problema que não pode ser imputado a alguém e é possível que haja clubes a meter processos em tribunal por prejuízos”, diz o caldense.
O que será fundamental, defende, é que as decisões sejam lineares entre a Liga, a FPF e as associações distritais. “Vamos ter muita calma e tomar decisões certas para todos”, assevera.
O que Manuel Nunes não tem dúvidas é que o Covid-19 vai ter sequelas económicas, tanto para os clubes, como para as áreas económicas que lhes estão associadas. “E é muita gente envolvida”, sublinha.

SEM TREINOS

Sem competições, os clubes suspenderam igualmente os treinos. Cenário idêntico em todas as modalidades, com as respectivas federações e clubes a reagiram de pronto à escalada dos efeitos da pandemia.
Além do desporto de competição, também as actividades físicas de manutenção e lazer pararam, com os ginásios e colectividades a fechar as portas. Inclusivamente, as juntas de freguesia e a Câmara das Caldas proibiram a frequência das ilhas de fitness.

FITNESS ONLINE

Contudo, não ter treinos no ginásio ou nas colectividades não significa que não existam soluções . Estamos na era das tecnologias, do teletrabalho, e por que não dizê-lo, do teletreino. A Internet, através de plataformas online e as redes sociais, dá uma ajuda.
A prática de actividade física é muito importante nesta altura. Um corpo forte e saudável terá mais facilidade em combater doenças. Além disso, a prática de exercício físico moderado é um contributo importante para manter a mente sã.
O Balance Club, grupo de ginásios com sede nas Caldas, disponibiliza as suas aulas de grupo através da plataforma myveo.pt. Também o Queen’s Fitness Club disponibiliza aulas no canal de Youtube QuarenTraining, e o Bestlife Fitness, no Facebook, estão entre os ginásios que disponibilizam treinos.
Também os Pimpões criou um grupo de Facebook, o Pimpões Ativo – Aulas Online, onde são dadas aulas de Zumba, Pilates, Treino Funcional, Ginástica Sénior e Hip Hop, em tempo real.
Estes são alguns exemplos que se deverão multiplicar, ajudando as comunidades a passar melhor estes momentos difíceis que se avizinham. J.R.