As marchas populares no Monte Olivett já são uma tradição. Desde há cinco anos que as sardinhas também “casam” com o frango assado num evento que reúne centenas de pessoas no largo da antiga UAL. No passado sábado marcharam a ARECO (Coto), o Centro Social de Ribamar (Lourinhã) e a marcha anfitriã Monte Olivett.


A ARECO, do Coto, trouxe uma homenagem às lavadeiras e aos ardinas, que incluiu fogo preso, a de Ribamar trouxe várias referências à história e à praia de Porto Dinheiro. A marcha da casa apresentou uma dedicatória à própria associação, realçando o que de melhor esta faz.
Já depois de marcharem, Tânia Rodrigues e Carla Carrada explicaram à Gazeta quais as “exigências” para participar. Diz a primeira que “tem que se trabalhar muito e ter um bom grupo de trabalho”. A segunda esclareceu que nem sempre é fácil conjugar a vida pessoal e profissional com as marchas porque “são muitas horas que dedicamos a isto, tanto ao fim-de-semana, como durante a semana”. Ainda assim, são unânimes em realçar o lado do convívio e os laços que se criam nas marchas.
A assistir estava Susana Albano, ribatejana que há 22 anos vive nas Caldas. Como mora nesta zona, costuma vir todos os anos e realça a importância desta iniciativa. “Junta pessoas e permite rever caras conhecidas e conhecer outras”, afirmou.
Elogiou “a combinação entre a música e a coreografia” da marcha anfitriã, bem como a prestação das convidadas.
João Pina, da direcção da associação do Monte Olivett – Sto. Onofre explicou à Gazeta das Caldas que este é um festival que já ganhou o seu espaço. “Temos conseguido atrair mais pessoas, até porque algumas pessoas não gostam tanto de sardinha”, esclareceu.
Analisando o festival deste ano, em que colaboraram 30 pessoas, notou que na quinta-feira São Pedro não colaborou, “mas sexta-feira e sábado foram dias espectaculares para nós”.
Esta festa, tal como a da sardinha, é uma fonte de receitas para a associação, que pretende construir uma sede, que “já tem as fundações, que deverão ser aterradas daqui a um mês, para depois em Setembro pôr os pilares”. Esta obra dos pilares irá custar 30 mil euros, mas o total da sede ascende a cerca de 1 milhão de euros. Tendo começado a obra há dois anos, já foram gastos cerca de 180 mil euros.