Simpósio das Caldas: 40 toneladas de pedra para cinco escultores

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Tal como nas outras edições, os escultores vão trabalhar ao vivo nos jardins do Centro de Artes (foto de arquivo) | NATACHA NARCISO
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Começou na quarta-feira 6 de Julho, a XVI edição do Simppetra – Simpósio Internacional de Escultura em Pedra das Caldas da Rainha, durante o qual serão esculpidas 40 toneladas de pedra pelos escultores Fabian Saeren (Bélgica), Fernando Pinto (Colômbia), Chris Petersen (Holanda), Canan Zongur (Turquia) e o português Mário Lopes. A direcção técnica do evento que decorre nas próximas três semanas é do escultor caldense Vítor Reis.

 

Esta iniciativa internacional – que só termina a 27 de Julho – permite aos escultores produzirem peças de grande volumetria que são posteriormente colocadas por todo o concelho caldense. O facto de cada artista poder escolher o tipo de pedra em que quer executar a sua obra, faz com que o simpósio caldense seja muito procurado. Concorreram escultores de todo o mundo, que apresentaram 116 candidaturas de projectos, para apenas cinco vagas disponíveis.
Agora os autores convidados vão trazer a influência cultural e artística dos seus países, permitindo um intercâmbio de experiências e saberes que beneficiará os participantes, mas também os estudantes do ensino superior artístico da cidade e todo o público que se interesse pela arte da escultura em pedra ou que tenha apenas curiosidade em ver como trabalham os artistas.
Os trabalhos decorrem no jardim do Centro de Artes, onde o público pode assistir à realização de esculturas em pedra de grandes dimensões. Paralelamente vão decorrer outras manifestações culturais, como exposições e visitas temáticas.
O Simppetra é um evento bienal e foi criado em 1986 (é o mais antigo do mundo a funcionar sem interrupções) com o intuito de promover a escultura em pedra, envolver a comunidade local e artistas com as mais diversas proveniências e enriquecer o património artístico das comunidades onde se insere.
O primeiro Simpósio de Escultura em Pedra teve lugar em 1986, no âmbito das actividades programadas pelo Atelier-Museu António Duarte. A primeira edição começou de forma tímida e com poucos recursos, mas caracterizada pela empenhada participação de escultores portugueses e de três estrangeiros. Progressivamente o evento foi-se internacionalizando e hoje conta com apenas um escultor português que é convidado pelo júri, estando os estrangeiros sujeitos a uma selecção, mediante os projectos apresentados.
Vinte e quatro anos depois, escultores de mais de 30 países já produziram cerca uma centena de obras de escultura de grandes dimensões que são hoje um importante património que enriquece o espaço público da cidade e das freguesias do concelho das Caldas.

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