A semana do Zé Povinho 16/06/2017

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VencedorGrandePremioCaldas da Rainha foi palco, no passado sábado, do mais importante certame mundial do cartoonismo da imprensa escrita, reunindo os principais trabalhos publicados na imprensa internacional em 2016.
Os visitantes da extensa exposição vão encontrar personagens e factos que são registos significativos do ano passado, que não foi parco em momentos felizes e infelizes, alegres e tristes, mas muitos mesmo trágicos e que marcaram a memória do mundo por algumas décadas.
Venceu o grande prémio um cartoonista de um país difícil e não muito considerado por algumas das potências mundiais, que é o Irão, onde o regime não é tão democrático como na maioria dos regimes ocidentais.
Contudo, mesmo assim, goza-se já uma abertura importante, facto de terem elegido nos últimos anos presidentes menos conservadores e mais liberais, situação a que não é alheia a publicação do cartoon que ganhou o World Press Cartoon.
O vencedor foi Alireza Pakdel, o cartoonista que publica em vários jornais, tendo a distinção recebida resultado dum cartoon dedicado ao drama dos refugiados, visto com ironia, como se de um espectáculo num aquário se tratasse, com a morte como pano de fundo.
Na sua intervenção o artista iraniano dedicou o prémio ao seu povo, considerando Zé Povinho que ele é bem merecedor de um título que é caro ao seu criador Rafael Bordalo Pinheiro.
O drama dos refugiados está bem presente nos tempos actuais, pelo que esta proposta de Alireza Pakdel foi bem oportuna, sabendo que ao destacá-lo, Zé Povinho está a elogiar todos aqueles que, através dos seus desenhos ou das suas práticas mais activas, combatem por um mundo mais justo e mais progressivo.
a-descerAs histórias que vão saltando do CHO não param de surpreender. Soube-se agora que, cinco anos após a fusão dos hospitais de Peniche, Torres Vedras e Caldas da Rainha numa única entidade, aqueles hospitais continuaram a pagar preços diferentes pelos mesmíssimos exames laboratoriais porque ninguém se lembrou de renegociar com uma empresa do Porto uma nova tabela de serviços.
Ora sendo a criação do centro hospitalar também justificada pela maior capacidade negocial e pela maior facilidade em obter economias de escala, não se entende como é que tal não se conseguiu ao cabo de cinco anos. O que andaram a fazer as administrações de Carlos Sá e de Ana Harfouche nesta matéria?
E se isto se passa ao nível da Patologia Clínica, é caso para perguntar quantas mais ineficiências andarão escondidas neste “agrupamento de hospitais” que ninguém quis, mas que foi imposto no tempo da troika com o objectivo de optimizar recursos e obter maiores rentabilidades.
O resultado está à vista. Zé Povinho começa a perceber por que tarda tanto em concretizar-se a almejada passagem para EPE (Entidade Pública Empresarial). É que no estado em que o CHO está, dificilmente o governo encontra uma equipa que queira pegar neste monstro.