Cristina de Almeida é mestre chapeleira e tem loja-ateliê no centro das Caldas

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“Chapéus há muitos!” e nas Caldas da Rainha abriu recentemente uma oficina-loja onde estes produtos são feitos à mão.

A mestre chapeleira Cristina de Almeida abriu, nas Caldas da Rainha, uma pequena loja, na Praça da Fruta, onde vendia os seus chapéus. Mas, perante tanta procura o espaço tornou-se insuficiente para ter a sua oficina, já que esta autora faz chapéus dos mais variados tipos à mão. Foi por isso que decidiu recentemente mudar-se para uma loja maior na Rua Alexandre Herculano nº 25 (Rua do Jardim), onde vende e dá largas à sua imaginação pois faz os mais variados tipos de exemplares.
A lisboeta tem casa no concelho de Óbidos e iniciou-se como autodidata nos processos de desenho e de conceção de chapéus em Portugal.
“Venho de uma família tradicional mas sou um pouco rebelde”, disse a mestre chapeleira, de 59 anos, que trabalhou durante 20 anos na indústria farmacêutica onde foi gestora de produto. Mais tarde, decidiu passar a dedicar-se à bijuteria, pois tinha frequentado um curso de joalharia, área que lhe suscitou interesse.
Além de fazer peças para as noivas começou, aos poucos, a fazer enfeites também para as próprias mães das noivas.
“Em 2008 fiz um curso de chapéus, designado Millenery, em Inglaterra”, recorda Cristina de Almeida que, quando voltou de terras de Sua Majestade, abriu a sua primeira chapelaria no Bairro Alto, em Lisboa.
“Quando veio a covid-19, tinha quatro lojas de chapéus: três em Lisboa e uma em Bruxelas”, disse a empreendedora, que acabou por fechar os espaços e passou a revender exemplares para algumas lojas belgas.
A autora também trabalha com a filha, que se formou na ESAD.CR e que tem a sua própria loja de chapéus e outros produtos artísticos no Bairro Alto.
Cristina de Almeida desenha, executa o molde e faz vários tipos o processo ser acompanhado pelos clientes, desde a ideia até à finalização deste adereço muito especial.
“Há muita gente que quer fazer chapéus mas depois desistem, pois é um trabalho muito minucioso”, contou a autora, explicando que é tudo feito à mão. O material é cortado, moldado e, de vez em quando, há também mãos queimadas, dado que se trabalha muito com vapor.
“Tenho clientes de várias idades e há muita gente nova a pedir chapéus”, disse a autora que sabe que este não é um produto de primeira necessidade e que nem toda a gente que entra na sua loja para ver, os pode adquirir. “Também tenho clientes fixos, que mandam fazer chapéus todos os anos”, disse à Gazeta Cristina de Almeida, que faz exemplares para várias personalidades nacionais e estrangeiras.
A mestre chapeleira tem clientes de várias localidades, desde Santarém até ao Cartaxo e muitos estrangeiros que escolheram esta região para viver e que “são ótimos clientes”.
A responsável vai organizar workshops, convidando quem quiser a fazer o seu próprio chapéu. Os preços dos mais usuais vão desde 19,90 até aos 135€. O mais caro que vendeu custou 3.000€, pois era feito com penas de avestruz.
Esta mestre chapeleira, agora instalada nas Caldas, tem feito muitos exemplares que são usados nas corridas de cavalos de Ascot, em Inglaterra.
Nesta loja fazem-se chapéus para mulher, homem e criança, casuais, de cerimónia e para fardas para confrarias, universidades, colégios, restaurantes, hospitais. Além dos chapéus, a autora também modela algumas peças de roupa.“Chapéus by Cristina de Almeida” funciona entre as 11h00 e as 13h00 e das 15h00 às 18h00, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, das 11 às 14h00.