Clube das Corujas festejou um ano de leituras na Biblioteca

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O clube festejou um ano com um encontro sobre poesia
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Crianças e dinamizadores juntam-se mensalmente para partilhar leituras

Na biblioteca municipal das Caldas há um clube especial. Chama-se Clube das Corujas e pretende incentivar crianças, com idades a partir dos oito anos, a falarem sobre as suas leituras. No passado dia 22 de março assinalou o primeiro aniversário, com um encontro dedicado à poesia.

Criado por duas funcionárias da biblioteca caldense, Paula Leitão e Cátia Ferreira, que partilham o gosto pela leitura e queriam fomentá-lo nos mais novos, ao mesmo tempo que os desviavam dos ecrãs, o clube reúne no terceiro sábado de cada mês, durante 90 minutos. De acordo com Paula Leitão, foi também uma forma de colmatar um vazio que existia na cidade, para estas idades. Inicialmente a proposta era a de abarcar crianças entre os oito e os 12 anos, mas depressa as dinamizadoras chegaram à conclusão que queriam que viessem leitores independentemente da idade, acabando por retirar o limite superior. “Quisémos criar algo novo, com um aspeto educativo mas também lúdico porque entendemos que ler é um prazer e não uma obrigação”, explica Paula Leitão, acrescentando que quando os mais novos vêem a leitura como uma imposição “acabam por ser avessos a descobrir novos autores, novos estilos e não aprofundar o que está por detrás daquele texto”.

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Em média contam com a presença de, pelo menos, 10 participantes. Depois há sessões em que ultrapassam, e bastante, esse número, como foi o caso da sessão sobre Enid Blyton, autora de livros de aventuras para crianças e adolescentes, como Os Cinco e Os Sete, que teve 21 participantes. Entre eles, uma inglesa de 65 anos, que fez questão de oferecer o seu livro, em inglês, “que era uma coisa muito afetiva”, recordam as dinamizadoras. Há também meninos que já fazem os seus próprios poemas, outros que só gostam de ler no final da sessão, ou outros ainda que apenas participam nas sessões livres, como foi o caso do primeiro encontro, e que continuam a acontecer periodicamente. Os outros já tiveram por temática os livros de Hans Christian Andersen, de autores portugueses, biografias e “A Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. “Todos acabam por se contagiar e querem participar. É também uma forma de criarem novas amizades”, concretizam.

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