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Feiras de artesanato, cerâmica ao vivo, exposições e conferências foram algumas das propostas que fizeram parte do Dia Internacional dos Museus e também do Bom Dia Cerâmica, a 18 de Maio. O director dos museus da Cerâmica e Malhoa, Carlos Coutinho, diz que estes espaços se preparam para uma maior abertura à comunidade num novo ciclo de iniciativas que visa atrair mais públicos.
Na manhã do dia 18 de Maio os jardins do Museu de Cerâmica ganharam nova vida com a presença de 16 elementos da Associação de Artesãos das Caldas a vender madeiras gravadas, cerâmica, frioleiras, encadernações, bijuteria e telhas decorativas. Alguns dos participantes não conheciam os jardins e gostaram do ambiente de venda ao ar livre. Vários artesãos estiveram a trabalhar ao vivo e convidaram o público a trabalhar no barro.
A associação vai marcar presença na Feira do Desporto que terá lugar a 22 e 23 de Junho, no Pavilhão Rainha D. Leonor. Pedro Braz aposta forte nas parcerias com diferentes entidades locais e conta que a associação vai também marcar presença na Feira Internacional de Artesanato (FIA), que se realiza em Lisboa entre 29 de Junho e 7 de Julho. Esta participação será feita em conjunto com a Confraria do Príapo e com a Associação de Bordados das Caldas.
“Fizemos também um repto aos artesãos para dinamizar a cerâmica erótica”, contou o ceramista. Na sua opinião, é preciso “deixar que as peças das malandrice possam deixar de ser tão brejeiras, sem contudo deixar de dar continuidade à tradição”.
“Património único e internacional”
Ainda no Museu de cerâmica, durante a tarde foi inaugurada a exposição referente ao Núcleo de Cerâmica e Vidro, oriunda da coleccção Francisco Coutinho Carreira, uma doação feita ao museu caldense em 2007. A coleção inclui 1205 peças, das quais 644 de cerâmica e 561 de vidro. Destacou-se a produção cerâmica da Alemanha na vertente industrial, com peças de autor e de design. Podem ser apreciadas obras de importantes núcleos industriais como a Rosenthal, Alboth & Kaiser, Ruscha, Carstens, Dumler & Breiden, Es-Keramik, Sgrafo e Royal Porzelan.
“Esta coleccção é constituída por património único e internacional que, de tempos a tempos, tem que ser apresentada ao público”, disse Carlos Coutinho, director do Museu de Cerâmica, acrescentando que anteriormente foi apresentado o núcleo de Inglaterra.
O responsável gostaria que, após obras de remodelação, se possa expor condignamente esta doação e que seja também possível expandir a própria coleccção. “Este museu não acolhe apenas cerâmica nacional e regional”, referiu. O director também gostaria de aumentar as colecções de peças internacionais daquele espaço museológico.
Segundo Carlos Coutinho, há novos projectos de actividades que estão a ser preparados e que pretendem abrir os museus ainda mais à comunidade. Além das exposições, a partir de Outubro, haverá ciclos de conferências que terão lugar nos museus caldenses a partir de Outubro. A Noite dos Museus contou com a apresentação de um projecto de iluminação nos jardins, da autoria do docente da ESAD, Nick Taylor e dos seus alunos.
No Museu Malhoa, a tarde do Dia Internacional dos Museus foi assinalada com uma conferência com João Serra sobre Ferreira da Silva e a finissage da exposição de José de Santa Bárbara. À noite realizou-se um concerto com o pianista Tiago Mileu.
A exposição de cerâmica e vidro da Alemanha vai estar patente no Museu de Cerâmica até ao fim do mês de Junho. Em Julho será a vez de apresentar uma exposição individual do ceramista caldense Vítor Mota.
