Uma só direcção para os museus José Malhoa, da Cerâmica e da Nazaré

0
531
O José Malhoa é o mais antigo dos três museus que são agora agrupados sob a mesma direcção

Os museus caldenses de José Malhoa, da Cerâmica e o Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, vão ter um único director já a partir do mês de Setembro. Foi o que disse à Gazeta das Caldas, Celeste Amaro, responsável pela Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC).
Neste momento já havia uma direcção conjunta para os dois museus caldenses, a cargo de Matilde Couto, sendo o museu nazareno dirigido pela bombarralense Doris Santos. Na sequencia da lei orgânica que cria agrupamentos de museus (tal como acontece na educação), as duas directoras estão em gestão e, se quiserem candidatar-se aos cargos de direcção, devem participar num concurso público para esse efeito.
Os novos directores serão “nomeados em regime de substituição e, passados 60 dias, haverá concurso público”, disse a delegada regional, não querendo adiantar mais sobre este assunto. Acrescentou apenas que poderá disponibilizar um veículo aos museus caldenses para que o futuro director se desloque à Nazaré.
Até ao final de Dezembro a nova responsável quer tudo a funcionar em pleno relativamente aos museus que agora depende do organismo que dirige de modo a que “a partir de Janeiro de 2013 se comece a funcionar de uma outra maneira”.
Como os directores terão que estar mais activos e exercer funções em vários espaços “haverá técnicos superiores que terão funções delegadas e de coordenação”. Ainda segundo a mesma responsável, haverá um acréscimo de responsabilidade, mas “os salários não terão valores remuneratórios acrescidos”.
Entre os seis museus que agora dirige (Castelo Branco, Guarda, Aveiro, Nazaré e Caldas da Rainha), “há espaços que gastam  em manutenção e em pessoal cinco vezes mais do que aquilo que auferem em receitas”, disse Celeste Amaro à Gazeta das Caldas, referindo-se a necessidade de racionalizar a rede de museus. A mesma responsável diz que estas novas medidas pretendem “dar mais visibilidade a cada um, aumentar o número de visitantes e trabalhar no sentido dos museus poderem receber colecções e exposições dos seus congéneres”. A itinerância de exposições será, pois, uma das apostas das futuras direcções.
Celeste Amaro está a par das problemáticas de cada um dos espaços museológicos e sublinhou o facto de estar a trabalhar em ligação com as autarquias das Caldas e da Nazaré.
A delegada regional considera que é importante que os directores dos museus saibam “gerir financeiramente os seus museus, quanto custa uma exposição e em que áreas ainda é possível poupar”.
Poupar é, aliás, uma tónica do discurso da delegada regional. “Se não tomássemos estas medidas, o mais certo seria haver museus que teriam de fechar e o seu pessoal seria colocado em mobilidade”, Celeste Amaro, adiantando que, contudo, tal Contactadas pela Gazeta das Caldas, Matilde Couto e Dóris Santos não quiseram prestar declarações sobre este assunto.

Natacha Narciso

nnarciso@gazetadascaldas.pt