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Está a ser constituído nas Caldas da Rainha o primeiro grupo local do BNI Internacional, uma rede de networking internacional de negócios, constituída por 126 mil pessoas e com mais de seis mil grupos em todo o mundo.
Reunindo empresários dos mais diversos sectores, os grupos têm como principal objectivo trocar referências de negócios de uma forma estruturada, não só entre si, mas também com outros empresários.
As reuniões semanais de constituição deste grupo, que já tem 11 membros, realizam-se das 6h45 / 9H00, no restaurante “Le Vicky”, na zona industrial das Caldas da Rainha. Estão representados sectores tão díspares como a construção civil e a produção de vídeo. Quando atingirem o número mínimo de 20 elementos vão constituir-se oficialmente como grupo integrante do BNI.
A hora de início destas reuniões, que é igual em quase todos os grupos do mundo, é uma das características peculiares desta forma de fazer negócios.
Segundo Armando Fernandes, consultor de negócios e um dos membros do grupo caldense, esta é uma hora em que todos empresários estão disponíveis, sem que isso interfira na actividade das suas empresas. “Estamos aqui duas horas concentrados no objectivo de fazer negócios e saímos daqui para as nossas empresas muito mais motivados”, disse.
Todos os grupos reúnem 52 vezes por ano e durante duas horas têm oportunidade de apresentarem as suas empresas, receberem informação sobre outras empresas que sejam convidadas e trocarem referências de possíveis negócios entre si. Cada um dos membros refere os serviços que presta e informa o grupo que tipo de negócios lhe interessa.
Quando alguns dos membros sabe de um potencial negócio no qual um colega de grupo pode participar, poderá servir como intermediário nos contactos com outras empresas.
Uma das “ferramentas” essenciais são os cartões-de-visita, mas o BNI fornece também umas fichas próprias para a passagem de referências.
Em cada grupo criado só pode haver uma pessoa por actividade, para evitar que haja duplicação de interessados no mesmo negócio.
O coordenador local, Mapril Lino, salientou à Gazeta das Caldas que os empresários que entrarem primeiro beneficiam dessa exclusividade. “Há todo o interesse em fazerem-no já”, afirmou.
Mapril Lino, proprietário da AEL Soluções Lda (construção civil), fez várias formações para ser director associado do BNI, mas só depois do grupo das Caldas ser formado oficialmente é que haverá eleições para o corpo dirigente.
Há também encontros regulares entre os vários grupos. “Acabamos por servir, quase, como o departamento comercial das empresas uns dos outros”, comentou Armando Fernandes, mas temos como princípio básico que ninguém receba comissões. Pretende-se, sim, que cada um dê para depois receber. Estima-se que um grupo com 20 empresários consegue fazer passar cerca de 60 referências por mês.
Criada nos Estados Unidos, a BNI Internacional está presente em 44 países. Em Portugal existem cerca de 20 grupos do BNI, um deles em Leiria com 25 pessoas.
Os grupos são constituídos segundo as regras do BNI, mas têm autonomia local. Para participar, os empresários pagam uma jóia de inscrição de 100 euros e uma quota de 500 euros anuais, que servem para pagar os custos de manutenção da estrutura e de um sítio na Internet.
