Óbidos Records vai instalar-se no Parque Tecnológico

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A “Óbidos Records” será uma das próximas empresas a instalar-se no Parque Tecnológico de Óbidos (PTO). Trata-se de uma empresa com três marcas, em que uma delas será a HD Fabrique, que é responsável pela produção de música para várias indústrias criativas, nomeadamente cinema, música e vídeo jogos. “Temos uma característica, que é a possibilidade de gravar orquestras num estúdio sinfónico”, contou à Gazeta das Caldas, o engenheiro de som Raul Ribeiro.
O responsável refere ainda que o estúdio a instalar é grande e possui uma mesa com 72 canais e grava em 78 pistas, caso único desde esta região  até Barcelona (Espanha). “Temos o objectivo de trazer também estrangeiros”, disse, adiantando que uma das características da empresa é basear-se na exportação, até porque “a cota de mercado em Portugal não seria suficiente para a sustentar”.
Outra das marcas da empresa – e que lhe dá nome – a Óbidos Records vai dedicar-se ao licenciamento das músicas que ali irão gravar e que podem ser para televisão, cinema e também de bandas novas. A terceira marca é a A8 Sound que se dedica à distribuição de colunas de som da marca Void, especializada para discotecas e auditórios. O custo total do projecto é de dois milhões de euros e a obra deverá arrancar logo que seja disponibilizado o apoio do QREN.
Raul Ribeiro, de 42 anos, é engenheiro de som e trabalha na área há 21 anos. Escolheu Óbidos para criar a sua empresa porque a “visão das indústrias criativas pela qual se luta em Óbidos, dá condições para se trabalhar e já é suficiente para nos sentirmos parceiros de um projecto um pouco maior do que o nosso”.
Destaca que na sua actividade precisa de ter à sua volta massa cinzenta e critica e que isso se encontra em Óbidos e, de uma forma geral, na região Oeste. “Não nos podemos esquecer que há uma grande percentagem de novas bandas, novos artistas, cantores e músicos vindos de Leiria e Coimbra”, referiu o engenheiro de som que considera esta zona “verdadeiramente efervescente”.
Raul Ribeiro considera que o pólo de atracção das indústrias criativas de Óbidos não se reflecte apenas na actividade na região, mas também a nível externo. Diz mesmo que lamenta que “Óbidos ao nível das indústrias criativas seja mais conhecido no estrangeiro que em Portugal”, destacando que o Creative Clusters (projecto liderado por Óbidos e que envolve várias regiões europeias de baixa densidade) é uma network de que realmente funciona.