Oeste melhorou as exportações e o saldo da balança comercial no ano passado

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A região aumentou ligeiramente as importações e as exportações e melhorou o saldo da balança comercial em 2019, segundo os dados provisórios do INE. Nas Caldas da Rainha, as exportações sofreram uma quebra de 12,1%, mas as importações ainda desceram mais, ficando abaixo dos 100 milhões de euros.

As exportações na região continuaram a crescer em 2019, embora com uma desaceleração registada no último trimestre.
De acordo com os dados preliminares do INE, as vendas da região para o estrangeiro cresciam 1,8% no terceiro trimestre do ano passado em relação ao período homólogo, mas terminaram o ano a crescer apenas 0,5%. O total do volume de vendas do Oeste cifrou-se em 1,23 mil milhões de euros.
O sector com maior volume de vendas para o estrangeiro continua a ser o do fabrico de maquinaria e componentes, mas este registou uma quebra superior a 11% nas exportações, de 325 milhões de euros para 287 milhões de euros.
De entre os principais sectores da região, este foi o único a registar quebras e a subida dos outros sectores acabou por equilibrar as vendas do Oeste para o exterior em relação a 2018. A industria alimentar subiu o comércio para o estrangeiro para os 244 milhões de euros, a produção horto-frutícola superou a barreira dos 200 milhões de euros. Acima dos 100 milhões de euros ficaram ainda o comércio de produtos do reino animal e o sector que inclui transformação de pedra, cerâmica e vidro.
Torres Vedras, Alcobaça e Alenquer são os concelhos mais exportadores, seguidos das Caldas da Rainha.

CALDAS PERDE NAS EXPORTAÇÕES

O concelho caldense é, entre estes quatro, o que mais decresceu nas vendas para o exterior (12,1%). Esta quebra é justificada sobretudo pelo comportamento do sector da indústria de maquinaria – que vale mais de metade das exportações do concelho -, cujo volume de exportações decresceu 12,4% em relação a 2018.
O concelho registou ainda perdas nos sectores do comércio de produtos do reino animal (30%), do reino vegetal (60%) e da indústria alimentar (29%), na ordem dos 7,5 milhões de euros em conjunto. O concelho regista ganhos na indústria química, na pasta de papel e na cerâmica.
O concelho diminuiu de forma ainda mais significativa as importações (23,7%).

BALANÇA COMERCIAL MELHOROU NA REGIÃO

A balança comercial da região continua a ser negativa – o que significa que o Oeste importa mais do exporta -, mas verificou-se uma ligeira melhoria no saldo, que passou de -320,3 para -317,5 milhões de euros.
O concelho de Torres Vedras contribui com mais de um terço do saldo negativo da balança comercial da região, com as importações a superarem as exportações em 212,9 milhões de euros. Mesmo assim, este concelho melhorou o seu saldo em 3,2% em relação a 2018.
No extremo oposto está Alcobaça, com um saldo positivo de 80,3 milhões de euros, mais 1% do que no ano passado.
Alem de Alcobaça, apenas mais três concelhos apresentam saldos comerciais positivos: o Bombarral mais do que duplicou o seu saldo para 43,3 milhões de euros; nas Caldas o valor subiu (69,1%) para 30,6 milhões; e em Peniche atingiu os 27,5 milhões de euros, com uma subida de 45,8%.