O caminho-de-ferro que temos

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É um título curioso o caminho-de-ferro que temos pois parece que, a continuar assim, por pouco mais tempo iremos ter caminho-de-ferro. Assistimos há alguns meses à situação que ninguém entende e ninguém se preocupa de os pobres dos pagantes, aqueles que ainda se servem do que resta dos comboios, ficarem sem saber o que fazer.

Parece-nos que ninguém se preocupa. O pessoal que trabalha na estação das Caldas da Rainha, para não ter que dar explicações, por vezes limita-se a fazer avisos à mão e deixar à vista esse bom serviço informando que não há o comboio tal, mas poderá haver o comboio tal. Umas vezes dizem que falta o revisor, outras vezes dizem que falta o maquinista, outras vezes dizem que o tempo de serviço já foi ultrapassado, enfim dão as mais esfarrapadas desculpas para tentar explicar o que não tem desculpa.
E podemos perguntar quando é que este problema poderá ser resolvido. Na verdade nós não temos a certeza de nada do que se passa, a não ser do péssimo serviço.
E não somos contra as greves. Trabalhámos para um direito de todos os trabalhadores, fizemos greves quando trabalhávamos e no fim do mês víamos o nosso ordenado diminuído e o dinheiro fazia-nos falta. Será que quem faz estas greves também vê o seu ordenado reduzido?
Haverá por parte dos vários sindicatos alguém que se preocupe com o péssimo serviço que se faz ao público pagante? E quem manda nas várias empresas criadas dentro da CP estará interessado em explicar o que se passa? Lamentamos onde chegámos a nível ferroviário no nosso país.

Joaquim Augusto C. Alves