A semana do Zé Povinho 24-02-2017

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notícias das CaldasNão é a primeira vez que Zé Povinho destaca a esquiadora caldense Catarina Carvalho pelo seu talento e pela sua persistência numa modalidade que é rara em Portugal. A Catarina é das Caldas, estuda em Lisboa e é… esquiadora. Não é difícil perceber que não há neve nem onde mora, nem onde estuda. Por isso, conseguir ser atleta de alta competição nestas condições não é fácil nem é para todos – é só para quem tem um talento muito especial.

No esqui tem derrubado barreiras e a presença nos campeonatos mundiais que se realizaram na Suíça, foi disso exemplo. Foi a primeira atleta portuguesa a consegui-lo – só homens tinham ido a mundiais deste desporto de Inverno. Para a sua estreia sonhava chegar a uma final, mas não queria colocar a fasquia demasiado alta. Pois bem, não foi uma final – foram duas finais atingidas que fizeram com que o seu nome ecoasse um pouco por todo o país.
Zé Povinho dá, novamente, os parabéns à atleta por mais este grande feito conquistado e pela persistência que tem para se motivar a fim de fazer muitos quilómetros para treinar a sua modalidade de eleição. Se consegue este nível e estes resultados sem ter neve nas proximidades, imagine-se o que Catarina Carvalho faria se vivesse em países de neve.

 

notícias das CaldasA actual administração da CP tem sido das menos nocivas para a linha do Oeste, sobretudo se se considerar os desmandos que foram feitos nas últimas décadas em termos de redução do serviço e inadequação dos horários. Zé Povinho reconhece até que esta gestão ajudou a salvar a linha do Oeste quando esta, em 2011, esteve à beira do encerramento: reformulou a oferta e criou comboios directos para Coimbra, no que se provou ser uma aposta ganhadora dado a procura que tem tido.
É também desta administração o relançamento dos comboios para a praia durante o Verão e uma maior adesão à realização de comboios especiais, de que foram exemplo o do passeio sénior das Caldas a Setúbal, os comboios do Folio entre Óbidos e Lisboa e o comboio do Carnaval de Torres Vedras ao Rossio.
Mas há coisas em que a engrenagem da CP continua igual a ela própria. As rupturas de carga nas Caldas da Rainha (que obrigam a transbordos inúteis) e o mau horário a sul (que desistiu das ligações rápidas a Lisboa e impede que do Bombarral ou de Torres Vedras se consiga ir e vir a Coimbra no mesmo dia) são erros de gestão que prejudicam o potencial de crescimento da linha do Oeste.
Mas o pior de tudo é o material circulante. As automotoras já eram velhas e agora mais obsoleta ficou a frota depois de terem enviado para o Douro as menos más. O resultado está à vista: comboios suprimidos quase todos os dias, autocarros alugados pela CP a fazer o serviço ferroviário e, em muitos casos, passageiros abandonados nas estações, sem comboio e sem informações.
Os factos comprovam que neste momento a linha do Oeste é a que tem o material circulante mais utrapassado, mais lento, mais desconfortável e o mais sujeito a avarias. Zé Povinho lamenta que para a administração da CP o Oeste seja a última das suas prioridades.

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