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Partido assume-se como uma alternativa progressista, ecológica para dar respostas às pessoas
O Céu de Vidro, no Parque D. Carlos I foi o local escolhido pelo Livre para o arranque da sua campanha a nível distrital. Uma opção simbólica, explicou Inês Pires, caldense e candidata pelo distrito, aludindo à vitória de um movimento independente nas últimas autárquicas, que pôs fim a décadas de governo PSD.
A jovem, recém-licenciada na ESAD, realçou a importância da presença de mulheres em cargos políticos e defendeu que é fundamental continuar a luta feminista e o empoderamento das mulheres, assim como um aumento do salário mínimo nacional para os mil euros até ao final da legislatura.
Na iniciativa, que juntou os cabeças de lista por Leiria, Filipe Honório, e por Lisboa, Rui Tavares, os dirigentes destacaram que o partido “fará parte da solução se houver uma maioria à esquerda” e que “se houver uma maioria à direita fará parte da oposição”.
Referindo-se a Leiria, Filipe Honório disse tratar-se de um distrito muito fragmentado, com Leiria muita afastada do Oeste, por problemas de mobilidade, sobretudo ao nível da ferrovia, mas também de uma visão integrada do território. “Temos um país muito pequeno para não olhar para as nossas terras, para os nossos concelhos”, disse, defendendo uma alternativa progressista que dê resposta também à perda dos serviços sociais. “É essencial a saúde, a educação, a habitação”, realçando que o Estado tem falhado bastante nesta última questão, ao não dar resposta a jovens e famílias.
Filipe Honório defendeu, também, a necessidade de um novo modelo económico, de desenvolvimento ecológico e solidário, que tenha menos impacto ambiental e mais proveito económico.
Perante uma plateia de cerca de duas dezenas de pessoas, o fundador do Livre, o historiador Rui Tavares, defendeu uma agricultura de precisão em detrimento da agricultura intensiva, a economia circular baseada no conhecimento, o alargamento do subsídio de desemprego a quem se despede, um plano de apoios à reconversão da climatização do edificado e o aumento do financiamento do SNS. O combate às desigualdades, a manutenção do estado social e a transformação do 12º ano em ano zero da universidade porque “o ensino superior tem de ser cada vez mais para toda a gente e para toda a vida”, foram outras das propostas apresentadas.
“Precisamos começar a construir uma verdadeira alternativa, progressista e ecológica”, disse Rui Tavares, apelando ao voto, para que o partido que, nas últimas legislativas, elegeu um deputado possa ter mais representatividade parlamentar.
