Movimento Viver o Concelho diz que foi insultado em Santa Catarina

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Durante a sessão de recolha de assinaturas a favor do Movimento Viver o Concelho, que decorreu a 23 de Julho, em Santa Catarina, houve uma “fricção” entre os elementos deste movimento e um grupo de habitantes da freguesia. Algumas pessoas, quando se aperceberam que o que tinham acabado de assinar não era apenas para a candidatura de Teresa Serrenho à Câmara das Caldas mas também para a Assembleia de Freguesia de Santa Catarina, voltaram ao lugar da recolha das assinaturas e quiseram retirar o nome da propositura do movimento.
Os responsáveis pelo Movimento não gostaram e divulgaram um comunicado onde dizem que aquela situação “teve a conivência” do presidente da Junta Local, Rui Rocha, eleito pelo CDS/PP.
Contactado pela Gazeta das Caldas, o autarca contou que se limitou a comentar no café que o pedido de assinaturas não era só para a Câmara, mas também para a Assembleia de Freguesia local. Informados por tal facto, alguns dos populares preferiram tirar a assinatura. O MVC diz que as pessoas envolvidas pertenciam à Junta ou à Assembleia de Freguesia local.
“Foi uma situação que não estávamos à espera”, disse Teresa Serrenho, líder do movimento de cidadãos, que “nem quis acreditar” quando as pessoas quiseram retirar a assinatura da recolha que o MVC estava a fazer em Santa Catarina. A candidata à Câmara diz que os elementos do seu movimento esclareciam quem assinava e explicavam para que servia a recolha de assinaturas e recusa a ideia de que estava a enganar fosse quem fosse.
“As pessoas estavam enervadas, a dizer que as estávamos a enganar, o que não foi nada agradável e é lamentável que o responsável pela terra, o presidente da Junta, não tenha tido o discernimento de impedir o sucedido”, disse referindo ainda que o Movimento decidiu tomar uma posição, enviando um comunicado à comunicação social (ver página de Divulgação Institucional).

“Comentei que as assinaturas também eram para a assembleia de freguesia”

Contactado pela Gazeta das Caldas, Rui Rocha, presidente da Junta de Santa Catarina, eleito pelo CDS/PP, disse que esteve no café da localidade onde se encontravam elementos do Movimento. “Eu até disse que quando lhes faltasse apenas uma assinatura, eu próprio dava a minha”, contou. Já dentro do estabelecimento comercial, “comentei com as pessoas que lá estavam que as assinaturas eram não só para a Câmara das Caldas, mas também para o Movimento concorrer à Assembleia de Freguesia”. Para o autarca, as pessoas “não sabiam disso e sentiram-se enganadas”, tendo este comentário feito com que algumas quisessem retirar a sua assinatura da propositura do MVC.
“As pessoas são maiores e vacinadas logo têm o direito de fazer aquilo que querem”, disse Rui Rocha. O autarca lamenta o sucedido, até porque lhes estão a ser atribuídas atitudes que diz que não teve pois o grupo em causa “nada tem a ver com a Junta ou com a Assembleia de Freguesia”. Salientou que apenas comentou o propósito das assinaturas.
Rui Rocha acrescentou ainda que acha “muito bem” que haja  um movimento de cidadãos na actual conjuntura a concorrer a todos os órgãos autárquicos, incluindo à junta a que actualmente preside.

Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt