A semana do Zé Povinho

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Gazeta das Caldas
| D.R.
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O deputado Dr. Feliciano Barreiras Duarte viu agora premiado o seu labor nas hostes do PSD, e especialmente a sua fidelidade nos últimos meses ao novo líder Dr. Rui Rio, ao ser eleito secretário geral do sociais-democratas.
Nos últimos tempos o militante bombarralense tinha-se afastado da liderança de Passos Coelho, a quem não perdoou a sua saída quando foi secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, bem como o abandono a que a liderança nacional do partido o votou aquando da escolha dos cabeças de lista para as autárquicas, em que o deixaram cair com estrondo em Leiria.
Feliciano Barreiras Duarte tem tido uma trajectória no PSD com várias oscilações, facto a que não é alheia as suas alterações de posicionamento em relação às lideranças nacionais e ao não conseguir manter no distrito fidelidades certas. Até há dois mandatos o bombarralense foi o presidente da Assembleia Municipal de Óbidos, mas os responsáveis políticos desta concelhia desta vez afastaram-se para Santana Lopes, o candidato derrotado.
O seu posicionamento poderá também ter influído na presença assinalável de responsáveis caldenses no Conselho Nacional do PSD, deixando desgostoso o seu arqui-inimigo caldense Fernando Costa, que uma vez mais tentou dar nas vistas no congresso, mas que ninguém lhe deu, desta vez, o protagonismo que desejava, nem sequer a imprensa. Os seus pupilos caldenses já o ultrapassaram na caminhada junto das elites partidárias nacionais. Como diz o povo, enquanto uns obscurecem outros parecem reluzir mais. É o tempo das lideranças da geração seguinte.
Zé Povinho louva a tenacidade e a perseverança do Dr. Feliciano Barreiras Duarte, pois agora ascendeu ao segundo lugar mais importante do partido, razão pela qual pode estar reservado para mais altos voos, caso esta liderança social-democrata se mantenha activa e ascenda ao poder nos próximos anos, mesmo que não seja nas próximas legislativas.

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“O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos”. Assim reza o Código Deontológico dos Jornalistas que, no seu ponto 3, é muito claro sobre a importância que se atribui ao direito e ao dever de informar e à liberdade de expressão.
Ora este elementar direito à liberdade e à pluralidade de informar e de ser informado foi desavergonhadamente posta em causa por um dirigente desportivo que, de forma desbragada, veio apelar aos sócios do seu clube que não vissem outros canais e não lessem outros jornais que não os da sua cor.
Zé Povinho refere-se, naturalmente, ao presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, que deu um triste espectáculo ao fazer este apelo, provocando, acto contínuo, situações de violência entre alguns sócios acéfalos e jornalistas que só estavam a fazer o seu trabalho.
Estas declarações e este episódio são graves e não devem ser minimizados só porque ocorrem dentro desse estranho mundo do futebol onde as emoções estão muitas vezes à flor da pele. Aliás, a forma indecorosa como os dirigentes dos principais clubes se tratam são um exemplo de que a má educação e os comportamentos primários e desbocados começam a ser a norma no futebol português e que depois passam acriticamente aos adeptos.
As declarações patéticas – mas perigosas – de Bruno Carvalho são, pois, o corolário desta espiral de comportamentos selvagens que em nada abonam a favor do que deveria ser o verdadeiro desportivismo.
Este dirigente desportivo arrisca-se a ser tão fanático como os aiatolás religiosos ou ditadores que vociferam contra os que não são da sua seita, religião ou horda. Mas, felizmente, não é seguido pela maioria dos sócios e adeptos deste grande clube português – que deve ser bem mais ponderada e inteligente que o seu pseudo-líder – e continua, calmamente, a escolher livremente onde quer ver, ler e ouvir notícias e debates desportivos.

1 COMENTÁRIO

  1. “Mas, felizmente, não é seguido pela maioria dos sócios e adeptos deste grande clube português”.
    O autor do texto tem noção do ridiculo que acabou de escrever?
    Então o presidente do Sporting que teve 86% de votos nas eleições do ano passado e agora 89% na AG não é seguido pela maioria dos sócios??