Amnistia Internacional bate recorde de cartas no Oeste

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Maratona-AIA edição deste ano da Maratona de Cartas da Amnistia Internacional superou todos os resultados obtidos anteriormente no Oeste, fruto da participação de mais escolas do que nos anos anteriores. No total foram recolhidas 2311 cartas pelos sete agrupamentos participantes (faltando, à hora do fecho desta edição, contabilizar as do Cenfim de Torres Vedras e da escola D. João II). Ainda assim, os resultados são os melhores de sempre no Oeste, numa iniciativa que de ano para ano chega a mais pessoas.
Os quatro casos escolhidos pela Amnistia Internacional foram os de Chelsea Manning (militar americano que divulgou documentos confidenciais no Wikileaks), Liu Ping (activista chinesa do Movimento dos Novos Cidadãos), Moses Akatugba (nigeriano condenado à morte por um assalto à mão armada que nega ter cometido) e as mulheres da comunidade de Mkhondo, na África do Sul (que vivem sem o mínimo acesso à saúde e à informação).
A Maratona de Cartas, como é habitual, realizou-se no Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de Dezembro) e percorreu este ano sete agrupamentos do Oeste (Cencal, Cenfim, Raul Proença, Rafael Bordalo Pinheiro, S.Martinho do Porto, D.João II, Escolas de Cister Alcobaça e Centro de Educação Especial Rainha Dona Leonor).
Esta iniciativa tem vindo a ter mais adesão a cada ano o que leva Teresa Mendes representante da Amnistia Internacional no Oeste a vaticinar que para o ano ainda será melhor. A mesma responsável destacou que este evento leva as pessoas a perceber que “basta uma carta e uma assinatura” para ajudar a mudar o mundo. A mesma responsável lembrou também que qualquer um, em qualquer altura do ano, pode escrever uma carta.
Já Dina Bernardo, técnica de formação do Cenfim, contou que foi a primeira vez que esta escola se associou à iniciativa. “Os jovens ficam mais consciencializados acerca dos direitos humanos e as violações que ocorrem aos mesmos” concluiu.
Tomás Lamberto, aluno do curso de Técnico de Manutenção Industrial do Cenfim, nunca tinha participado nesta iniciativa, mas realça a sua importância. A minha carta sozinha não muda nada, mas se forem muitas podemos incentivar à mudança. Este formando salientou ainda o facto de a Amnistia se deslocar às escolas. “Mais pessoas tomam conhecimento e participam” explicou.

Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt