Associação de amigos dos caminhos-de-ferro festejou os 37 anos em S. Martinho do Porto

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Foram 74 o número de convivas que no passado sábado se juntou no restaurante O Farol em S. Martinho do Porto para comemorar o aniversário da APAC (Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos-de-Ferro).
A maioria veio de Lisboa, mas houve também um grupo que veio do norte do país. O modo de transporte utilizado foi, obviamente, o comboio, tendo os sócios que vieram do sul registado com agrado que, neste dia, não houve transbordo nas Caldas da Rainha.
“Escolhemos S. Martinho porque é uma oportunidade para vir aqui verificar o serviço da linha do Oeste”, disse António Brancanes dos Reis, presidente da APAC. “É uma forma de variar os locais habituais para este tipo de encontros porque a tendência tem sido encontrarmo-nos no Entroncamento, que é o pólo ferroviário óbvio e fica acessível aos sócios do Norte e do Sul”.
Até há alguns anos os almoços de aniversário da associação dos amigos dos comboios eram realizados em carruagem-restaurante num passeio ferroviário por alguma linha do país. Mas a crise obrigou a encontros de sócios mais convencionais, num restaurante normalmente perto de uma estação de caminho-de-ferro..
Agora Brancanes dos Reis diz que quer retomar as festas de aniversário sobre carris “até porque a CP está com uma política comercial mais agressiva e pode ser que consigamos preços em conta”.
A APAC foi fundada em 1977 e conta com 1418 inscritos, se bem que só 400 pagam quotas regularmente. É a maior associação de entusiastas da ferrovia existente em Portugal.
Entre os vários interesses dos seus associados destacam-se os amantes do modelismo, uns na vertente de modelos à escala (as conhecidas pistas de comboios) e outros na vertente de vapor vivo em que pequenos veículos ferroviários transportam pessoas. Há ainda os entusiastas dos comboios a vapor e os que se dedicam 
à vertente histórico-científica, tendo em conta, inclusive, o vasto espólio com documentos sobre o caminho-de-ferro que a APAC acumulou nestes 37 anos.
“Temos alguns sócios que trabalham na CP ou na Refer, mas a maioria não tem nada a ver com a ferrovia. Somos um grupo heterogéneo do ponto de vista sócio-profissional e com pessoas de todas as idades. E, embora essencialmente masculino, já começam a aparecer algumas senhoras”, conta o líder da associação, que sucedeu desde Setembro passado ao caldense Nelson Oliveira à frente dos destinos da APAC.
Após o almoço, o grupo dirigiu-se para a estação de S. Martinho onde apanhou um comboio para Lisboa. Uma parte ficou a aguardar outro comboio, em sentido inverso, para seguir  para Coimbra e Porto.

C.C.