Caldas celebrou Dia da Cidade sem público

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Homenagem à Rainha simbólica e sem público

A homenagem à rainha D. Leonor, fundadora da cidade das Caldas, foi a única cerimónia realizada presencialmente para assinalar o feriado municipal. Deste modo, assistiu-se a um 15 de Maio sem festas (presenciais) nem inaugurações, mas ainda assim com algumas iniciativas a assinalá-lo, como os concertos online, a colocação de oleões pela cidade e a entrada em funcionamento do canil nas novas instalações. Com a mitigação da pandemia como grande prioridade, a Câmara das Caldas já investiu cerca de 700 mil euros, em dois meses, em medidas para ajudar as famílias e empresas a ultrapassar uma das mais graves crises de que há memória no mundo.

15 de Maio de 2020, 14h30. Junto à estátua da Rainha D. Leonor, fundadora da cidade, estão o presidente da Câmara, a presidente do conselho de administração do CHO, o director clínico do Hospital Termal, os deputados caldenses na Assembleia da República e os presidentes das Juntas de Freguesia da cidade. Dentro de instantes irá, cada um deles, depositar uma coroa de flores junto à estátua, ao som da fanfarra dos bombeiros, também ela reduzida a dois elementos, e dar-se-á por terminada a cerimónia de homenagem do Dia da Cidade, a única que se realizou presencialmente. A assistir estavam pouco mais de uma dezena de pessoas, dispersas pelo largo, controladas pela polícia, de forma a garantir a segurança de todos.
“As festas da cidade do ano serão, provavelmente, para sempre lembradas por esta situação sem precedentes devido à crise sanitária causada pelo coronavírus”, disse o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, acrescentando que, ainda assim, a autarquia não quis deixar de homenagear a fundadora da cidade, de forma simbólica.
Antes, o autarca fez uma declaração sobre o Dia da Cidade, através das redes sociais, explicando que a prioridade da autarquia nos últimos tempos tem sido “minimizar o contágio e propagação da covid-19 e gerir a curva de evolução da doença”, obrigando à suspensão de actividades económicas, empresas, do trabalho e atendimento presenciais nos serviços públicos, encerramento de edifícios e equipamentos. “O mundo mudou de um dia para o outro. E nós tivemos de mudar também para dar resposta aos grandes desafios, pessoais, sociais e económicos com que estamos a ser confrontados”, disse o edil, dando conta das operações de desinfecção, preparação de dois hospitais de campanha, doação de equipamentos médicos e de protecção individual e a pridução e distribuição de máscaras. Também foram adquiridos computadores para as escolas, reaberta a Praça da Fruta na Expoeste e tomadas medidas para minimizar o impacto económico nas famílias, nas empresas e instituições.

MENOS 750 MIL EUROS DE RECEITA EM DOIS MESES

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No discurso, Tinta Ferreira disse que a Câmara mantém uma gestão com “ambição, mas rigorosa e realista”, que lhe permite apoiar as empresas e famílias para dar o exemplo, nomeadamente com isenções de pagamentos de taxas e tarifas.
“Temos uma situação financeira que já vinha controlada e que nos garante o rigor e o controlo necessário para cumprir os nossos objectivos e ajudar as pessoas”, disse o autarca.
A nível de obras, “tudo o que estava previsto está a ser feito”, referiu, fazendo notar que o município transitou com um saldo orçamental superior a 5 milhões de euros, o que lhe permite ter uma “almofada financeira”, que estava prevista para investimento. Contudo, face à situação actual, há projectos que não se podem concretizar tão rapidamente, até porque há menos recursos humanos para os desenvolver, pelo que o dinheiro é usado para “amortecer” a queda de receita existente. Em dois meses, a diminuição de receita nos cofres da autarquia é de 750 mil euros, resultantes da isenção das taxas e tarifas e não colecta de impostos. Por outro lado, a autarquia está a aumentar a despesa, sobretudo com apoio a nível social.
O autarca espera que a segunda fase de desconfinamento traga “alguma normalidade” para a cidade, com a abertura dos museus, dos cafés e esplanadas e de alguma actividade comercial. Sem data de realização continuam os grandes eventos, as festas e romarias. Tinta Ferreira considera que é prematuro avançar com datas, mas a previsão é de que estas não se venham a realizar até finais de Setembro, tal como anunciado pela OesteCIM.
Neste 15 de Maio não houve inaugurações, mas alguns momentos simbólicos. À Gazeta das Caldas, o presidente da Câmara destacou a colocação de 30 oleões pela cidade e a conclusão do novo canil, nas antigas instalações da Matel (S. Cristóvão), com a respectiva transferência dos animais, no dia 14 de Maio.

Figuras de Bordalo exibem máscaras para dar o exemplo à população

As 20 figuras em cerâmica à escala humana dão a “cara” a campanha de sensibilização

As figuras que compõem a Rota Bordaliana, dispersa por toda a cidade, dão o exemplo do cuidado a ter nesta altura em que se avança no desconfinamento e reabrem espaços comerciais e serviços. Todas elas têm uma máscara colocada para alertar os caldenses, que quem visita a cidade, sobre os cuidados que devem ter.
As máscaras foram colocadas nas duas dezenas de figuras bordalianas de grande dimensão na véspera do Dia da Cidade (14 de Maio), numa “campanha de sensibilização para o uso deste equipamento de protecção em contexto social”, explicou Tinta Ferreira à Gazeta das Caldas.
Esta é mais uma iniciativa da campanha municipal Protege Caldas, promovida pela autarquia e as Juntas de Freguesia, que tem por objectivo a prevenção e protecção contra o coronavírus. Dela fazem também parte a produção e distribuição de mais de 100 mil máscaras pela população caldense.

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