Arranca hoje o Meo Pro Portugal by Rip Curl, a montra dos campeões

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A prova atrai sempre muito público à praia dos Supertubos
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De 3 a 10 de março as atenções do surf vão estar centradas em Peniche, onde os melhores surfistas do planeta vão disputar a terceira etapa do mundial

Arranca hoje, 3 de março, o período de espera para a 12ª edição do Meo Pro Portugal by Rip Curl. A prova pontuável para o World Tour da World Surf League (WSL) traz a Peniche os melhores surfistas do mundo e atrai milhares a Supertubos, que tem sido, até, importante na definição dos vencedores do título mundial. A edição deste ano tem interesse em dose dupla: pela quarta vez, a prova é disputada no masculino e no feminino.
A onda de Peniche voltou ao mapa do circuito mundial de surf em 2009 pela mão da Rip Curl. O “Search” (inglês para procura) é uma prova ambulante da marca de artigos relacionados com o surf e encontrou, de facto, nas águas do Oeste uma preciosidade. A qualidade e consistência das ondas, às quais se juntaram assistências numerosas e entusiastas, deram origem a grandes espetáculos e grandes elogios por parte dos surfistas.
Na apresentação do Meo Pro Portugal by Rip Curl para a WSL, um trio de luxo caracterizou o que tem de tão especial a prova penichense. A superestrela norte-americana Kelly Slater, lenda viva da modalidade e 11 vezes campeão do mundo, começou por dizer que Supertubos é “uma onda muito difícil”, mas também “espetacular”, tanto para os surfistas, como para os espectadores, “porque a rebentação é mesmo perto da praia”, destacou.
Vencedor em 2010, Kelly Slater destacou esta como uma prova em que os tubos e as manobras aéreas são primordiais, favorecendo claramente o surf espetáculo. De resto, o norte-americano guarda de Peniche como melhor memória quando se tornou o primeiro surfista do mundo a conseguir sacar uma dupla rotação, uma manobra aérea em que o surfista faz uma rotação a 720º.
Coco Ho, primeira vencedora em Peniche para o circuito feminino, em 2009, destacou as características do conjunto de praias que estão à disposição da prova… e de quem visita a região para o turismo de surf. “É uma península muito interessante, há tantos picos e tantos tipos de vento que se pode surfar em vários locais diferentes”, exclamou.
Surfista da nova geração, o japonês Kanoa Igarashi disse que Supertubos “é uma onda desafiante, mas uma das mais recompensadoras do campeonato”, além de destacar que “o público tem uma grande energia”.
A prova teve para esta 12ª edição mudança de timing. Nas 11 primeiras edições a visita a Peniche realizou-se na parte final do calendário, o que trouxe ainda mais emoção, com a luta pelos títulos ao rubro. Este ano, surge na fase inicial, é a terceira prova do World Championship Tour.

12 vencedores, 4 campeões
Ao longo das 11 edições já realizadas, com diferentes nomenclaturas, o Meo Pro Portugal by Rip Curl já coroou nove vencedores masculinos e três femininos. E de entre esses vencedores, quatro deles saíram de Peniche para se sagrarem campeões do mundo.
O australiano Mick Fanning foi o primeiro a conhecer o sabor da vitória nas praias de Peniche, no Search realizado em 2009. A vitória de Mick Fanning em Peniche foi crucial para dar ao australiano o título mundial nesse mesmo ano. O australiano foi, ainda, o primeiro a repetir uma vitória em Peniche (2014).
Depois da agradável surpresa que a prova se revelou, em 2010 entrou no calendário como prova fixa e o vencedor, Kelly Slater, voltou a sagrar-se campeão mundial.
Adriano Sousa, Julian Wilson e Kai Otton foram os vencedores seguintes. Depois de Mick Fanning repetir a vitória em Peniche, foi a vez Filipe Toledo sero corado vencedor nos Supertubos. Em 2016, John John Florence tornou-se o sétimo vencedor do Pro Portugal e o terceiro a juntar à vitória em Peniche o título de campeão do mundo.
Nas três edições mais recentes, a vitória fez-se em português adocicado. Gabriel Medina, que não está a realizar o circuito este ano, venceu em 2017. Os outros dois títulos foram para Ítalo Ferreira, que em 2019 foi o segundo surfista a repetir vitórias em Peniche e o quarto juntar ao triunfo no Oeste português ao ceptro de campeão do mundo.
Das 11 edições do Pro Portugal, apenas três juntaram prova masculina e feminina. Na variante feminina, foram três as vencedoras e nenhuma juntou a vitória em Peniche ao título mundial. Coco Ho foi a primeira a vencer a prova, em 2009 numa prova que serviu apenas de demonstração. Em 2010, a pontuar para o mundial, Carissa Moore foi quem ficou com o troféu. E, após um hiato de oito anos, no regresso de Supertubos ao mundial feminino, Carolina Marks foi a mais forte. ■

À espera das melhores ondas durante 11 dias

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Prova pode ser mais curta. Tudo depende das ondas de Supertubos

O período de espera do Meo Pro Portugal by Rip Curl é de 3 a 13 de março, mas isso não significa que durante estes 11 dias haja ação nas praias de Peniche. No período de espera, são avaliadas de forma constante as condições climatéricas e do mar. Para que a prova comece, é necessário reunir condições mínimas e só então é dada ordem para os surfistas avançarem para a água, o que pode acontecer logo no primeiro dia, mas também pode demorar alguns dias.
A competição pode até terminar rapidamente, ou ser interrompida, caso as condições para surfar estejam comprometidas e haja perspetivas de que melhorem dentro do período de espera. Certo é que a competição não se pode prolongar para lá de 13 de março.
Prova interrompida não significa falta de ação. Muitas vezes os surfistas aproveitam dias sem competição para realizar free rides. Foi num deles, em 2014, que Kelly Slater sacou, pela primeira vez, um 720 num das praias do concelho.
Também não é garantido que a competição se desenrole (só) em Supertubos. Uma das características da península de Peniche é que a configuração geográfica permite que, não havendo condições numa das praias, possa haver noutras e a organização tem flexibilidade para mudar o local, embora a preferência seja para Supertubos. Para não perder pitada, o melhor é estar sempre atento às comunicações da organização nas plataformas do evento. ■

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