Ataque sem chama e distrações defensivas

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Primeira derrota caseira num jogo com história idêntica à da eliminação da Taça de Portugal, uma semana antes. Um Caldas com pouca chama no ataque e que viu o adversário ser eficaz.

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Hugo Silva, AF Santarém
Assistentes: Francisco Pereira e Rui Cabeleira
CALDAS 0
Luís Paulo [3]; Passos [3], Militão [3], Rui Almeida [3] (C) e Cascão [3]; Paulo Inácio [3] e Simões [3] (André Santos [2] 72’); Farinha [3], Bernardo Rodrigues [3], e Iuri Gomes [3] (Araújo [2] 64’); David Silva [3] (Ricardo Isabelinha [2] 64’)
Não utilizados: Rui Oliveira, Marcelo, Januário, Leandro
Treinador: José Vala
OL. HOSPITAL 2
Nando; Ariano Sanches, Tiago Dias, Romário e André Freitas; Diogo Brito (C) e David Brás; Henrique (Jorge Guti 75’), Kristian (Luís Martins 56’) e Choi (Bruno Beato 45’); Fred Santana
Não utilizados: João Alves, Zé Francisco, Tidjane, Lane Nhaga
Treinador: Miguel Valença
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Ariano (62’) André Freitas (87’)
Disciplina: amarelo a Cascão (59’), Paulo Inácio (79’), Bruno Beato (90’+4)

O Caldas registou a primeira derrota caseira no campeonato, uma semana depois de ter sido eliminado, também em casa, da Taça de Portugal.
No rescaldo dessa derrota na Taça, José Vala voltou ao 4-2-3-1 e promoveu Bernardo Rodrigues e Iuri Gomes à titularidade.
Os pelicanos surgiam a controlar as operações em termos defensivos, uma vez que o Oliveira do Hospital foi, na primeira parte, inofensivo para a baliza de Luís Paulo. No entanto, a forma como os alvinegros planeavam o ataque era deficitária. Bernardo Rodrigues tentou ser um elo de ligação proactivo entre os momentos de recuperação de bola e organização da saída ofensiva, mas o bloco caldense subia de forma lenta e atacava de forma desconectada, o que facilitava a organização defensiva de um Oliveira do Hospital com um jejum de vitórias de três semanas.
O primeiro lance de perigo apenas surgiu ao minuto 12, num livre em que Iuri Gomes levou a bola a passar muito perto do poste direito da baliza dos visitantes. Depois disso, as jogadas que levaram perigo tiveram quase sempre origem na direita e na capacidade de Farinha para sacudir o jogo. O melhor lance do Caldas surge ao minuto 21, numa combinação entre o extremo e David Silva. Nando defendeu com aparato o remate de Farinha. Foi preciso esperar mais 20 minutos para ver novo lance de perigo e novamente pela direita. Depois de (mais) um lance de Farinha, Bernardo interceptou o corte de André Freitas, a bola sobrou para David Silva que atirou de primeira a rasar a barra.
Era pouco, tendo em conta a forma como o Caldas até conseguia neutralizar a equipa do distrito de Coimbra, mas daquelas três oportunidades o Caldas poderia ter capitalizado pelo menos uma e a segunda parte teria sido diferente.
Ao intervalo Miguel Valença fez uma alteração. Saiu o extremo esquerdo coreano Danny Choi e entrou o lateral Bruno Beato, promovendo André Freitas para o ataque. Esta mexida seria crucial no desfecho do encontro. Em primeiro lugar porque dessa forma o Oliveira do Hospital conseguiu neutralizar aquela que estava a ser a principal fonte de problemas para a sua defesa: o jogo do Caldas pelo lado direito, onde Farinha era protagonista, mas as subidas de Passos criavam perigo.
Depois porque André Freitas acabou por ser decisivo. Fez a assistência para o golo de abertura, num livre em que o Caldas facilitou e permitiu a Ariano rematar em plena pequena área.