Cinco mil adeptos separados por 300 quilómetros mas unidos por um sonho

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A mobilização de adeptos que os resultados do Caldas na Taça de Portugal tem criado já tinha sido evidente nos jogos com a Académica de Coimbra e com o Farense, ambos com as bancadas do Campo da Mata em ambiente de grande festa com mais de 6 mil pessoas. Agora, com o jogo a realizar-se a quase 300 quilómetros das Caldas, a festa dividiu-se em duas. É que aos 1.500 adeptos que foram apoiar ao vivo a equipa, juntaram-se mais de 3.000 para viver as emoções do jogo em festa.

Nas Caldas a festa das meias-finais da Taça de Portugal foi vivida com muita intensidade. Mais de 3.000 pessoas que não puderam ir à Vila das Aves escolheram a Expoeste para assistir à histórica partida de futebol no écrã gigante. Criou-se, assim, na cidade um grande evento paralelo ao jogo e em torno dele.
Dentro do pavilhão, em frente ao ecrã, havia cadeiras, roulottes de street food e um mini-campo para as crianças jogarem à bola. Em tons alvinegros, as cadeiras foram sendo ocupadas por adeptos com os adereços relativos ao Caldas Sport Clube e à hora do apito inicial o nervosismo misturava-se com a alegria.
A entrada afoita do clube no campo de uma equipa de primeira divisão gerou expectativas. O lance inicial de João Rodrigues levou os adeptos a festejar golo, antes de se aperceberem que a bola tinha acertado na rede, mas do lado de fora.
A grande penalidade – cuja decisão foi muito criticada – defendida por Luís Paulo aos 25’ foi festejada como se de um golo se tratasse, mas cinco minutos depois Nildo concretizou nova grande penalidade para desânimo geral.
Na segunda metade, a cada lance dos pelicanos, ouvia-se o apoio da “bancada” e aos 73’, quando o árbitro não assinalou grande penalidade para o Caldas por mão de Arango, houve um coro de vaias.
Durante os 90’ o público apoiou como se estivesse no estádio, com cânticos e palmas. “Ninguém passa na Mata”, lembraram os caldenses no final do jogo, confiantes que vão eliminar os nortenhos “rumo ao Jamor”.

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