Coleção de Santo António contém peças de caldenses e é apresentada na cidade

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Maria do Céu, artesã da Bajouca, Fernando Miguel, o colecionador, Júlia Lopes e Vítor Pires, da Associação de Artesãos
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Mais de duas dezenas de artesãos da região criam peças para esta coleção nacional

O livro-catálogo “Santo-António, Uma história de Amor”, que guarda parte das peças de Alexandre Correia, foi apresentado nas Caldas, a 15 de janeiro, na União de Freguesias de Caldas – Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório.
O colecionador mantém uma relação próxima com mais de duas dezenas de autores da região, a quem solicita que façam peças para esta coleção.
O relacionamento com os autores tem crescido, muitos são seus amigos e, inclusivamente, foi convidado pelos ceramistas Fernando e Milena Miguel para realizar o seu próprio Santo António na oficina do casal no Formigal, na freguesia de Salir de Matos.
O convite foi aceite na iniciativa na Junta e que teve casa cheia, sendo uma das primeiras iniciativas do programa de comemoração dos 40 anos da Associação de Artesãos das Caldas.
“Hoje a coleção tem 950 peças de autores de norte a sul do país”, revelou Alexandre Correia, que convidou para a apresentação os ceramistas Fernando Miguel e Vitor Pires, a presidente da associação Júlia Lopes e Maria do Céu Soares, uma ceramista da Bajouca (Leiria). Todos deram a conhecer um pouco sobre o seu trabalho, feito em nome da tradição.
O colecionador deu a conhecer que herdou o primeiro Santo António do avô e decidiu dar continuidade à coleção de peças, homenageando o familiar. Alexandre Correia é também devoto daquele santo e afirmou que vai continuar a procurar autores que o retratem por todo o território.
No livro constam exemplares de Santo António interpretados por autores das Caldas e da região. Neste primeiro volume da coleção podem encontrar-se exemplares de Rafael Bordalo Pinheiro, Alberto Miguel, Fernando Miguel, Milena Miguel, Vitor Lopes, Ana Sobral, Luís Pires e de Paula Clemente.
Do programa dos 40 anos da associação fará também parte a apresentação da exposição de Santos Antónios deste colecionador nas Caldas, depois de já ter sido apresentada noutras localidades como Estremoz.
“Gosto que as minhas exposições permitam uma viagem pelas artes e tradições de todo o país”, disse o colecionador para quem faz sentido apresentar por cá. “Caldas é uma capital barrística nacional e ficaria muito contente de por aqui expor”, disse Alexandre Correia, que vai continuar a apostar nas suas peças, pois a sua coleção “é uma paixão e também uma devoção”.

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