Atelier do Doce vai investir meio milhão de euros para modernizar a produção

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IMG_9743O Atelier do Doce, de Alfeizerão, vai investir meio milhão de euros na modernização das instalações. A empresa da indústria pasteleira, que tem registado um grande crescimento nos últimos dois anos e iniciou já este ano as exportações, vai melhorar as condições de produção para garantir um produto mais homogéneo.

A parte mais importante da obra consiste na ampliação e modernização da linha de produção, passando a ocupar uma zona de armazenagem que estava desaproveitada. A sala de produção das massas passa a ser climatizada, o que vai permitir um maior controlo dos vários processos e do produto final. As obras vão permitir ainda que o trabalho seja feito de forma sequencial, em linhas de produção.
As instalações também ficam preparadas para o caso de ser preciso aumentar a produção, embora para já não seja necessário. Apesar de estar a preparar uma candidatura a fundos comunitários, a empresa já avançou com as obras, que serão feitas na íntegra mesmo que o projecto não seja aprovado.
A procura pelos produtos da empresa, que tem a sede e a fábrica no Casal do Amaro, na freguesia de Alfeizerão, tem crescido de forma substancial desde a aposta feita em 2013 nas Bolas de Berlim, um produto de excelência.
A aposta nestes bolos arrancou com o objectivo de produzir 2000 unidades por dia, mas chegou já a atingir as 12.000. Para este ano o objectivo é atingir uma produção média de 8000 por dia para chegar ao fim de 2015 com uma produção de 3 milhões de bolas de Berlim.
A empresa vende nos seus balcões que, além do da própria fábrica (no Casal do Amaro), também se situam em Lisboa no El Corte Inglês e no Supercor do Restelo. Fornece ainda vários estabelecimentos com especial incidência na região, mas entre a sua carteira de clientes contam-se o grupo Sonae, a cadeia nacional de lojas Starbucks, os supermercados Apolónia (no Algarve) e várias embaixadas.
As bolas de Berlim, assim como os pastéis de nata (que são vendidos como produto acabado ou cru ultracongelado), são também os responsáveis pelos primeiros passos da empresa nas exportações. “Tivemos as primeiras encomendas da Bélgica, de Inglaterra e Holanda, mas já temos uma segunda encomenda de um cliente da Bélgica”, anunciou Rui Marques, proprietário da empresa em conjunto com a mulher, Catarina Marques.
Rui Marques conta que não descobriu o Ovo de Colombo. “São as receitas de sempre, com técnicas e instrumentos de hoje”, diz. O segredo, esclarece, é que a produção é toda feita de raiz na fábrica, tanto a massa como os recheios, e com pessoal competente e um acompanhamento constante da produção.
“O nosso pastel de nata, por exemplo, começou por entrar no mercado externo pelo preço, mas agora já entra pela qualidade e é pela qualidade do nosso produto que queremos marcar a nossa identidade”, refere.
Rui Marques refere que a tendência da procura do consumidor pelo melhor preço se tem vindo a reverter a favor da qualidade nos últimos dois anos.

Bolo-Rei vencedor

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Um dos exemplos da aposta na qualidade é o bolo-rei, que na campanha deste Natal granjeou vários prémios. A empresa esteve mesmo em destaque no concurso nacional de Bolo-Rei tradicional português de Santarém, onde venceu na categoria do bolo-rei escangalhado, e foi medalha de prata com o tradicional e o Rainha.
O bolo-rei escangalhado surgiu com uma nova receita, que incluiu no recheio uma receita conventual, adaptada da Broa de Santa Maria.
A época natalícia é uma das mais fortes neste sector e Rui Marques disse ao jornal que este ano correu até melhor que em 2013. “Vendemos milhares de bolos rei, a maior parte deles nos nossos balcões”, sublinha.
A empresa apoia-se também na produção de doçaria conventual, tradicional no concelho de Alcobaça, pastelaria diversa, bolos de aniversário e cake design.
Rui Marques não quis divulgar os números da facturação, mas adiantou que a empresa fechou 2014 com um crescimento na ordem dos 50%, em cima dos mais de 40% de crescimento que já tinha registado em 2013. A empresa emprega actualmente 30 pessoas.

 

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