Selo de garantia quer ajudar ao retorno dos clientes ao comércio tradicional nas Caldas

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Os primeiros selos “Aqui é à confiança” foram entregues, no passado dia 21 de Maio, a vários espaços comerciais caldenses. A distinção dá garantias aos consumidores de que aqueles locais cumprem os requisitos de higiene e segurança que a Direção-Geral de Saúde determinou após o período de confinamento. A atribuição das distinções contou com a presença do edil caldense e do presidente da associação comercial, Luís Gomes. Os comerciantes esperam que a medida possa ajudar no regresso dos clientes às suas lojas

 

Foram distribuídos os primeiros 15 selos por igual número de estabelecimentos caldenses que cumprem os requisitos de higiene e segurança determinados pela Direção-Geral de Saúde e que são agora necessário neste período de reabertura ao público, após confinamento.
“É importante receber este voto de confiança”, disse José Elói, do Café Maratona, o primeiro estabelecimento a receber a distinção. “Esperamos agora a adesão das pessoas”, acrescentou o empresário, dando a conhecer que ainda há algum receio por parte de alguns consumidores. No dia anterior, teve uma cliente que “marcou mesa e, logo de seguida, desmarcou-a, pois o marido ainda não queria vir ao restaurante…”, relatou o empresário, que espera que, entretanto, o regresso dos clientes aumente. No Maratona respeitam-se todas as normas de prevenção e segurança impostas, mas estão a funcionar apenas a 50% da capacidade do estabelecimento. Na esplanada só há 30 lugares e como há grande procura pelas áreas exteriores José Elói levanta a possibilidade de colocar mesas debaixo das arcadas exteriores ao café. “Estamos a factura metade do que era normal”, revelou o empreendedor, que tinha 50 funcionários e que neste momento tem menos oito pessoas nos seus três espaços: Maratona, Tasca Marginal e Prontos. A última cafetaria ainda não reabriu. Alguns dos contratos a termo não foram renovados e houve cinco funcionários que quiseram sair.
O Maratona e a Tasca funcionam com “equipas quinzenais”, disse José Eloi, explicando que esteve em lay-off desde o dia 1 de Abril. Segundo aquele responsável, neste momento contava apenas com 25 a 35% da facturação que era habitual.
Amador Fernandes, da Casa Fernandez, considera que esta distinção da ACCCRO, com o apoio da Câmara, “é uma iniciativa importante” na medida em que dá confiança aos clientes. A sua firma – que manteve os três funcionários – fechou portas e diz que o recomeço é lento.
Para Francisco Vogal, da Papelaria Vogal, estas iniciativas têm como objectivo tranquilizar os consumidores e levá-los a regressar aos estabelecimentos. “Estou confiante que isso vai acontecer”, disse o responsável pela papelaria que esteve aberta durante o confinamento.
A ideia para criar este selo surgiu após uma reunião on-line feita pelos elementos da direcção da ACCCRO, em que todos assentiram que era preciso criar algo que “trouxesse confiança às pessoas”, disse Luís Gomes, o presidente da associação.
A atribuição deste selo é gratuita para os associados da ACCCRO. Os não associados têm que pagar 20 euros para ter a distinção, após confirmação que estão em conformidade com as novas normas. Além das primeiras 15 lojas, de várias áreas, em breve, está prevista atribuição a mais 20.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, referiu que a autarquia “apadrinhava” a iniciativa e revelou que gosta da frase “Aqui é à Confiança”, uma expressão antiga que espera que possa surtir efeito e fazer com que as pessoas se sintam seguras a frequentar os espaços.
O autarca sublinhou que naquele dia não havia casos activos de covid-19 na cidade, sublinhando que para além dos três casos conhecidos nas freguesias urbanas não havia conhecimento de infectados, reafirmando que “há segurança na vivência da cidade, assim como nos vários estabelecimentos comerciais”. O autarca diz que é preciso uma adaptação à “nova normalidade” e acrescentou que já foram feitos testes aos funcionários das creches e dos lares caldenses e aguardava-se os resultados laboratoriais dos funcionários que se dedicam ao apoio domiciliário.

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