A minha passagem pela ETEO

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Tive a honra e o prazer de integrar na ETEO (Escola Técnica Empresarial do Oeste) o júri de avaliação de trabalhos do curso de “Energias Alternativas”, na qualidade de convidado externo.
Não posso deixar de partilhar o prazer que foi, desde logo o facto dos trabalhos em análise, se integrarem em temáticas que me são forçosamente caras, como as energias alternativas aplicadas nas mais diversas vertentes, nomeadamente à mobilidade, ao aproveitamento de águas pluviais, ao arrefecimento do ar (ar condicionado), a sistemas de regas, à hidroponia, à sustentabilidade, etc…   
Mas gostaria de realçar o elevado nível de conhecimentos e a qualidade dos trabalhos apresentados pelos alunos, tanto do ponto de vista técnico como teórico, como a qualidade das apresentações propriamente ditas, onde fica patente a interdisciplinaridade conseguida, só ao alcance de uma direção e um corpo docente muito competentes. Fiquei deveras surpreendido pelos níveis de conhecimento exibidos pelos alunos de uma forma geral.
Estamos sem dúvida perante um caso de sucesso de uma escola que prepara alunos e cidadãos para a vida ativa. O modelo de ensino, com execução de casos práticos exibidos nas apresentações, com projetos executados em toda a dimensão pelos próprios alunos, deixa bem patente a capacidade e esforço de alunos claro, mas com um nível qualitativo só possível quando suportado por um corpo diretivo e docente altamente competente e dedicado.
Este, é sem dúvida um caso de uma escola (provavelmente entre outros) cujo exemplo deveria extravasar os seus muros e ser dado a conhecer à comunidade. Os caldenses merecem conhecer esta escola e as suas virtudes, assim como os profissionais que a fazem funcionar com o grau de qualidade que tive oportunidade de verificar, merecem ver o seu trabalho reconhecido.
A título de mero exemplo entre muitos outros possíveis e não menos interessantes, poderei destacar a energia solar aplicada à hidroponia. Se a hidroponia já permite potenciar a rentabilidade de um terreno agrícola, através do aumento da capacidade produtiva, da simplificação da mão-de-obra e da redução do consumo de água, a sua alimentação a partir da energia solar, permite fazer chegar a agricultura a qualquer local, por mais distante que seja, sem o oneroso investimento na instalação elétrica da rede, só por si bastante mais caro. Num momento em que a produção agrícola volta ao discurso dos responsáveis políticos, esta é uma inovação em total sintonia.
Fico grato pela oportunidade que tive de constatar “in loco” todo o trabalho desenvolvido na ETEO.

Rui Gonçalves