Artshow precisa de mais divulgação ou sai das Caldas da Rainha

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Realizou-se no passado fim de semana a 4ª edição do Artshow.
A primeira edição do evento foi realizada na Feira Internacional de Lisboa integrada no evento Paper Gift, por iniciativa da empresária caldense Paula Mendes.
O valor irrisório de um módulo de 9 m2, aliada à expectativa de um elevado número de visitas rapidamente esgotou a capacidade do espaço.
Ocorreram artistas de todos os pontos do país, de Viana do Castelo ao Algarve e até artistas radicados no estrangeiro.
O evento foi um sucesso. No número de expositores, na qualidade das obras expostas e em volume de negócios. Uma componente importante já que a grande maioria dos artistas presentes vive da sua capacidade artística
Aproveitando o balanço deste sucesso e da camaradagem que se gerou entre os artistas presentes (facto que muito se deve à organização), Pauta Mendes trouxe, ainda nesse ano, o Artshow, para as Caldas da Rainha.
É uma pena perder evento. Mas se nada for feito, infelizmente, estou certo, que é isso que sucederá.
E o evento é importante para a cidade.
Mas não se pode pedir a mais de cem artistas que invistam na deslocação e estadia nas Caldas da Rainha para mostrarem os seus trabalhos a algumas centenas de caldenses.
A Paula Mendes é uma anfitriã inexcedível e o convívio e camaradagem entre expositores continua e a ser agradabilíssimo, mas convenhamos que se as Caldas quer manter o evento tem que oferecer mais do que isto.
No mínimo tem de garantir que o número de visitantes justifica o investimento e a deslocação  dos expositores.
E se os expositores vêm de vários pontos do país então a divulgação também não pode ser confinada aos limites da cidade.
Penso que a divulgação extramuros do que se faz nas Caldas não é exclusivo do Artshow (estou-me a recordar da Expofoto).
É tempo de colocar os eventos realizados nas Caldas da Rainha para além do concelho.
Tem custos? Sim, mas de certeza bem menos que do que os 340 mil euros que a Câmara vai ter de injectar na Expoeste.

José Manuel Sequeira Rego da Silva