Quero uma cidade de que me orgulhe

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Aqui nasci em 1988. Aqui vivi a minha infância. Aqui me tornei adulto.
Agora, quando regresso todas as semanas, vejo uma cidade a perder o seu fulgor, a morrer pelas mãos daqueles que durante muitos anos a dirigiram.
Onde estão as promessas de desenvolvimento? Onde estão as indústrias, o turismo e o comércio?
Continuo a perguntar-me: porque é que não aproveitamos as nossas riquezas? Temos um hospital termal dos mais antigos da Europa, temos uma lagoa com condições únicas para práticas desportivas e de recreio, temos uma louça singular e valorizada internacionalmente e, acima de tudo, temos caldenses dispostos a dar o melhor de si pela sua cidade.

Enquanto jovem, e permitam-me a irreverência, não posso ficar indiferente. Quero uma cidade que me permita viver, que me dê condições para criar uma família. Quero uma cidade de que me orgulhe, que me faça olhar para o futuro sem desdém.
Chegou a altura de pararmos para pensar, de definirmos estratégias e sermos ambiciosos nas escolhas que fazemos. Vamos colocar as Caldas da Rainha onde ela merece estar.

Fábio Rodrigues Nunes