Resistência aos antibióticos coloca vidas em causa

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Recusa em tomar antibióticos está ligada, anualmente, à morte de 700 mil pacientes | DR

Previsões indicam que podem morrer 10 milhões de pessoas até 2050 com infeções simples, pela recusa aos antibióticos

 

Estudos científicos admitem que infeções simples que existem na atualidade podem vir a causar a morte de 10 milhões de pessoas até 2050 devido à resistência aos antibióticos.
Para alertar para este problema de saúde pública, e quando se assinala o Dia Europeu do Antibiótico, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) voltou a juntar-se à campanha de sensibilização nacional “Responsabilidade é o Melhor Remédio”, pedindo consciencialização na utilização destes medicamentos.
“Todos os anos morrem 700 mil pessoas devido à resistência aos antibióticos e o cenário pode complicar-se ainda mais no futuro, tal como mostram as previsões realistas e assustadoras da Organização Mundial de Saúde, que nos diz que se o consumo de antibióticos se mantiver nos números atuais, a resistência aos mesmos, e consequente falha no tratamento, vai ser responsável pela morte de 10 milhões de pessoas até 2050”, alerta Eurico Silva, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
Segundo o clínico, anualmente morrem mais pessoas em Portugal devido a infeções associadas aos cuidados de saúde do que por acidentes de viação. “O assunto é sério e muito preocupante e está na hora de fazermos alguma coisa para reverter esta situação. É tempo de sermos conscientes e alertar o familiar, o amigo ou o conhecido para este problema e tentar evitar o consumo de antibióticos de forma frequente e desnecessária porque, mais uma vez, relembramos que os antibióticos não são eficazes nas infeções causadas por vírus, situações onde costumam ser recorrentemente utilizados”, conclui o dirigente.