Arruda dos Vinhos trouxe a tradição aos Sabores do Oeste

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IMG_7804Arruda dos Vinhos foi o terceiro concelho cuja gastronomia, e neste caso muito particular também a vitivinicultura, deu o mote ao projecto Sabores do Oeste, da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste.A ementa foi constituída por pratos tradicionais: empada de carnes de capoeira para a entrada; sopa de legumes; bacalhau assado com batata a murro, especialidade de um dos restaurantes mais afamados do concelho; vitela estufada em vinho tinto com puré de batata-doce; e para sobremesa as famosas Bruxas de Arruda com gelado de ovos moles. O vinho foi parceiro de destaque, com as marcas Quinta de São Sebastião e Dona Elvira, da Adega de Arruda, a serem as escolhas ideais para acompanhar cada um dos pratos.
André Rijo, presidente câmara Arruda Vinhos destacou que o concelho tem uma marca muito forte e tradicional na gastronomia, que é “reconhecida a nível regional e nacional” e que está a ser trabalhada como aliada fundamental daquela que é a maior riqueza do concelho e que até lhe dá o nome: o vinho.
Este sector é mesmo preponderante para o concelho e é o seu principal empregador. “Emprega uma massa significativa da população durante o ano com os tratamentos regulares e na época das vindimas sentimos um envolvimento muito grande da população, inclusivamente da estudantil, que aproveita para criar um pé-de-meia”, afirma André Rijo.
A autarquia faz um esforço para divulgar estes produtos, através de várias mostras como a Festa Rural, a Festa da Vinha e do Vinho, ou a Mostra gastronómica Carnes de Capoeira. Estão ainda a decorrer conversações com o município de Lisboa para um evento de promoção do concelho e dos seus recursos na capital do país, no dia 30 de Junho, a seguir ao dia do vinho.
“Estamos a 20 minutos de Lisboa [N.R. – como a pouco mais das Caldas da Rainha através da A8] com muita ruralidade e uma qualidade de vida interessante, temos as paisagens, o património imóvel e o imaterial, como as Bruxas de Arruda, condições para prática de desporto aventura e uma academia de Dressage que é única”, sublinha.
Se a vinha e os vinhos são um dos principais agentes económicos de Arruda dos Vinhos, a Adega de Arruda é dos principais protagonistas. Com a sua fundação em 1954, é também dos produtores de vinho mais antigos do concelho ainda em actividade. Actualmente está a atravessar um processo de modernização que visa “dar o salto para a internacionalização. Hoje o mercado em que estamos não é o nacional, é o europeu”, sublinha Márcio Pereira, presidente Adega de Arruda. A Adega tem hoje uma produção de 3 milhões de litros de vinho com uvas próprias. Apesar de já ter existido mais área de vinha, a tendência mais recente que se verifica é de um aumento das áreas cultivadas, acrescenta.
Márcio Pereira defende que outro passo a dar, não só pela cooperativa que dirige, mas pelo conjunto dos produtores no Oeste, é o desenvolvimento do enoturismo. Um desenvolvimento que tem que ser ligado à gastronomia. “É imprescindível, porque o vinho por si só não capta muita gente, só os verdadeiros apreciadores”, refere.

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