Cavalos com arte amanhã à noite no Parque D. Carlos I

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FotoGrupoUma festa com cavalos, musica, dança, fado e outras artes circenses irá animar o Parque D. Carlos I amanhã à noite (23 de Agosto). O evento pretende assinalar a elevação das Caldas da Rainha a cidade, que ocorreu em 1927, e ser ao mesmo tempo o epílogo da Feira do Cavalo Lusitano que já teve uma primeira edição em Maio passado.
Na próxima terça-feira, 26 de Agosto – dia da elevação das Caldas a cidade – o historiador  Nicolau Borges dará às 21h00 uma conferência sobre esta efeméride no salão nobre dos antigos Paços do Concelho.

Um conjunto de “casamentos improváveis” é a proposta para a noite de sábado no Parque D. Carlos I. De acordo com Jorge Magalhães, presidente da Associação de Criadores de Cavalo Puro-Sangue Lusitano do Oeste (ACCPSLO) a tónica do evento assenta na mistura entre as artes equestres com as circenses em conjunto com espectáculos de música e dança.
O evento terá início pelas 21h30 e irá incluir a demonstração de equitação de trabalho com fogo, acompanhado pela orquestra do Monte Olivetti. Nesta actuação irá participar, entre outros, o campeão de equitação de trabalho, Miguel Fonseca, de Porto de Mós.
A jovem alcobacense Teresa Rocha irá cantar fado e haverá bailado acompanhado por dois cavalos e a orquestra do Monte Olivetti. Serão ainda projectadas imagens do Festival do Cavalo Lusitano, que decorreu no Parque entre 16 e 18 de Maio e que foram recolhidas por alunos da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro.
Antes, durante a  manhã,  o grupo espanhol Zarabanda andará pelo centro da cidade a mostrar as suas artes circenses e de fogo e a dar um “cheirinho” do que as pessoas poderão ver no Parque. Noite fora, pelas 23h30, a animação continua com a actuação do grupo Raging Jazz na Praça 5 de Outubro.
A 26 de Agosto, dia em que se comemora os 87 anos de elevação a cidade, pelas 21h30, o historiador e professor Nicolau Borges dará uma conferência sobre esta temática no salão nobre dos ex-Paços do Concelho.
Na conferência de imprensa para apresentação do evento, Jorge Magalhães, da ACCPSLO, disse que gostaria de continuar a dinamizar acções que aliem os cavalos a outras vertentes artísticas e culturais. “Já temos várias comunidades equestres espalhadas pela Europa e Brasil a dizer que querem adoptar este modelo inédito no mundo equestre, que é o casamento do cavalo com todas as vertentes criativas da sociedade”, disse, destacando o sucesso alcançado durante o evento de Maio.
Jorge Magalhães revelou ainda que uma das intervenientes no festival de Maio, campeã de volteio artístico, está actualmente a trabalhar com membros do Cirque do Soleil, em França, onde desenvolve “um espectáculo que tem por base o que foi feito aqui [nas Caldas]”.
Já o “casamento” entre os cavalos e o ensino surgiu com a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro e, de acordo com Jorge Magalhães, correu “bastante bem”. Mais de 70 alunos daquele estabelecimento de ensino, estudantes do curso profissional de Técnico de Audiovisuais executaram a iluminação, fizeram a reportagem fotográfica e vídeo em directo. Já os colegas do curso profissional de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade e do curso de Técnico de Vendas encaminharam e distribuíram informação aos visitantes.
Durante este período os alunos fizeram ainda um levantamento estatístico da opinião do público, que será tratado no próximo ano lectivo e depois divulgado, anunciou Paulo Vasques, docente da Bordalo Pinheiro. Este responsável reforçou ainda a importância destas iniciativas para que os jovens possam mostrar o seu trabalho fora das escolas.
O evento de sábado conta com diversos parceiros na sua organização, nomeadamente a ACCPSLO, Câmara da Caldas, União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, AmarCaldas, CCC, Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, Pimpões, Sociedade Equestre do Oeste, ACDR Santo Onofre – Monte Olivetti e Silos – Contentor Criativo.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

Criação de espectáculo “made in” Caldas

Juntar artes circenses, trapezistas, cavalos, uma orquestra, malabares e patinagem numa produção artística com o cunho do Oeste é o objectivo de Jorge Magalhães, que já conta com o apoio da Câmara e das juntas de freguesia.
O objectivo é que o espectáculo possa estrear nas Caldas e depois seja itinerante, percorrendo o país. A ideia surgiu depois de Jorge Magalhães se aperceber que existe na região uma “massa crítica e poder artístico fora do vulgar”, que pode ser aproveitado para fazer uma “coisa fora de série”.
A concepção do projecto ainda está no início, pelo que o responsável convida todos os artistas ligados às artes circenses, expressão corporal e patinagem a contactarem a organização, que começará a fazer selecção em breve. Os contactos podem ser feitos para acpsl.oeste@gmail.com