“Em França tenho oportunidade de exercer a minha profissão com maior liberdade”

Ana Isabel Costa
Gaeiras (Óbidos)
28 anos
Paris, França
Fisioterapeuta
Percurso Escolar:
Escola Primária de Gaeiras, Escola Josefa de Óbidos, Escola Secundária de Raul Proença e Escola Superior de Saúde Egas Moniz (Caparica)

O que mais gosta do país onde vive?
Em França existem ainda muitas oportunidades profissionais na área da saúde, nomeadamente em fisioterapia. Aqui tenho oportunidade de exercer a minha profissão com maior liberdade e acima de tudo o meu trabalho é reconhecido.
Outro aspeto muito interessante é a diversidade sociocultural que se vive em França e em especial na região de Paris, que nos permite contactar e vivenciar outras culturas, outros costumes.
Para além disto, Paris é uma cidade encantadora, com espaços muito bonitos, monumentos imponentes, várias ofertas culturais associando ainda uma boa rede de transportes permitindo-nos visitar e desfrutar da cidade assim como de toda a região Parisiense.

O que menos aprecia?
A burocracia é algo que dificulta e atrasa muitos procedimentos, ainda que simples. Outro aspeto menos positivo é a falta de disponibilidade para com o utente-consumidor que se verifica em muitos serviços públicos e também no sector do comércio.

De que é que tem mais saudades de Portugal?
Do que sinto mais saudades é da minha família, das comemorações familiares, dos meus amigos e de ver crescer os pequenitos. O mar, à distância de poucos quilómetros, é outra coisa que me faz muita falta assim como a boa comida portuguesa.

A sua vida vai continuar por aí ou espera regressar?
A esta questão não tenho uma resposta definitiva. Por agora penso ficar, ainda que tenha muitas saudades dos “meus portugueses” lá de casa, mas o futuro vai depender das oportunidades que surgirem, quem sabe até mesmo noutros destinos, logo se verá.

“Os preços no supermercado e nas lojas são mais ou menos
como em Portugal”

Estou a trabalhar num centro de reeducação onde faço parte do grupo efetivo de fisioterapeutas. Como resido relativamente perto do meu local de trabalho (15 minutos de autocarro) isso permite-me aproveitar melhor os meus dias. Os tempos livres são passados com os amigos, com colegas de trabalho, aproveitando para visitar e redescobrir Paris e outras cidades, mas também para fazer atividades no campo e na floresta.
Relativamente ao custo de vida, aqui o alojamento é mais caro e é bem mais difícil conseguir arrendar ou comprar imóveis pois são exigidas muitas garantias. Os seguros são também mais caros. De resto, os preços no supermercado e nas lojas são mais ou menos como em Portugal, existindo até bens mais acessíveis aqui.
Tal como referi anteriormente, a região Parisiense acolhe pessoas das mais diversas nacionalidades e a portuguesa é uma delas. Pelo que existem aqui muitos supermercados com produtos portugueses e ouve-se com alguma frequência falar português na rua.

Ana Isabel Costa