Comissão critica IP no atraso das obras da Linha do Oeste

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A circulação dos comboios foi reposta em toda a Linha do Oeste no início do mês. Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) justificou o atraso na reposição da circulação no troço entre Meleças e Malveira, com atos de furto e vandalismo. “Estas ações provocaram extensos danos”, refere a empresa, acrescentando que isso obrigou à “realização de um significativo conjunto de intervenções não previstas no planeamento inicial da obra, prejudicando os prazos previstos para a reposição da circulação ferroviária”.

As justificações não convencem a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste que, embora reconheça os atos de furto e vandalismo, considera que a obra “já deveria estar pronta há dois anos e não está, por sua responsabilidade [da IP] e não de outros de identidade incerta”.

A obra também prevê a eletrificação da Linha, a automatização de agulhas e sinalização, a eliminação de diversas passagens de nível, a correção do traçado e a sua duplicação nalguns quilómetros. “Entre o projeto e aquilo que temos presentemente, vai ainda uma significativa diferença”, avança a comissão cívica, realçando que os comboios a diesel vão manter-se em circulação até 2026, se não houver novo atraso. Critica ainda o facto da IP não ter construído “atempadamente” a subestação elétrica de Runa que deverá alimentar de energia elétrica o troço entre Meleças e Caldas e que, com a suspensão da circulação, em diferentes pontos do troço, algumas condições foram-se degradando.

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A comissão de utentes refere que a situação de conforto não melhorou para os passageiros, dando como exemplo os “ridículos” abrigos instalados nas plataformas. Considera que a IP deveria apresentar “as maiores desculpas pelos reiterados atrasos na conclusão desta obra” aos utentes e população desta região e “exige” que seja concretizada, no mais curto espaço de tempo, a modernização da linha “em toda a extensão onde não existe energia elétrica e colocados em circulação os novos comboios, adquiridos para o efeito”.

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