Coronavírus: Caldas dispõe de dois hospitais de campanha com capacidade para 60 camas

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Caldas da Rainha terá a funcionar, a partir da próxima quarta-feira, dois hospitais de campanha, um no Pavilhão da Mata, pela proximidade ao hospital, e outro no centro de Alto Rendimento, pelas condições daquele equipamento. Cada um tem 30 camas e a responsabilidade do seu funcionamento é do CHO e o propósito é “serem espaços de reserva para alguma eventualidade que possa acontecer”, explicou o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, esta segunda-feira à tarde, durante a apresentação aos jornalistas.

O hospital de campanha instalado no Centro de Alto Rendimento está preparado para funcionar já amanhã, enquanto que no Pavilhão da Mata estão a terminar os trabalhos, para que possa abrir portas na quarta-feira, se houver necessidade.

Para a preparação deste espaço, a autarquia contou com a colaboração da Escola de Sargentos do Exército (ESE) relativamente às camas e algum material, e do Caldas Internacional Hotel, que disponibilizou cobertores, toalhas e lençóis. “Tivémos necessidade de cobrir todo o piso, com piso lavável [no Centro de Alto Rendimento e Pavilhão da Mata] o que representa um investimento de 20 mil euros”, disse o autarca, destacando que essa cobertura lavável permite uma boa desinfecção e trabalho dos profissionais. Foi ainda feita a desinfecção dos espaços e, caso seja necessário os dois hospitais de campanha funcionarem, a autarquia assegurará as despesas com a água, electricidade, aquecimento e limpeza. Também já estão compradas 60 garrafas de oxigénio para a eventualidade de serem necessárias.

O CHO fica responsável pelos recursos humanos e pelo tratamento dos lixos.

“Este espaço [Centro de Alto Rendimento] tem as melhores condições e será dos melhores hospitais de campanha que o país terá”, disse o presidente da Câmara, dando nota dos espaços de balneário, posto médico, restaurante, e de entrada e saída de pessoas e de materiais.

A presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião, destacou a relevância destes dois hospitais de campanha no sentido de alargar a capacidade instalada do hospital e dar apoio a muitas pessoas que, não precisando de ficar internadas no hospital, também não poderão regressar às suas casas, porque estão isoladas ou em circunstancias familiares que não lhes permite estar nas suas residências. Contudo, realçou, que actualmente o CHO ainda não tem necessidades destes espaços.

“A capacidade instalada e as condições são as mínimas, mas as necessárias e as seguras para trabalhar com eficiência”, realçou.

De acordo com a directora clínica do CHO, Filomena Rodrigues, no Centro de Alto Rendimento, pela distância do hospital, deverão ser colocados os doentes, “que são positivos, mas com condições clínicas para permanecer no seu domicílio e que, eventualmente, não o possam estar por precisar de vigilância diária do seu estado de saúde”. Em relação ao Pavilhão da Mata, pela proximidade ao hospital “poderá ter que ser utilizado para tratamento de doentes infectados e com outro tipo de complicações”, disse, acrescentando que espera que tal não venha a acontecer, pois os recursos humanos são poucos e obrigaria a outra logística.