Escola da Floresta decorre a 100% no exterior

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A escola fundada em 2020 promove também uma educação integral focada na criança e no respeito pela mesma

Faça chuva ou faça Sol, desde segunda-feira, 18 de setembro, e até ao final de junho, “mais de 30 crianças” dos 2 aos 6 anos vão dar vida à Mata Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, na escola onde o “mais importante é educar para a tolerância, o respeito e o amor”, e onde também se educa com respeito pela criança e pela sua individualidade, explicou Joana Oliveira, co-fundadora e diretora pedagógica da Escola da Floresta “Hello Nature”, da Associação Biogleba.
As “aulas” decorrem 100% ao ar livre, nalguns pontos da Mata. Há um abrigo criado junto à zona de compostagem, mas a diversão também acontece nos montes de barro, nos quais, quando chove, se formam poças que os pequenos adoram, ou na árvore que tombou em 2021 e que agora serve de posto de brincadeira.
“Incentivamos as crianças a brincarem à chuva, a usarem roupa de forma a que não tenham frio e não se sintam desconfortáveis, e também a tomarem riscos, dentro do considerado razoável. Porque, se as impedirmos de experienciarem esse risco, vão correr outros muito maiores no futuro”, acrescentou Tiago Fidalgo, co-fundador do projeto, que abriu portas no ano letivo de 2020/21, e que este ano abriu uma segunda turma.
Cada turma tem 12 alunos por dia, que frequentam a escola em regime de rotatividade, no mínimo, dois dias por semana, no máximo, cinco.
Há cinco educadoras, duas para cada grupo – os Esquilos e os Piscos – e uma que dá assistência a ambos, nomeadamente, com a logística.
As manhãs obedecem a um planeamento flexível que vai ao encontro dos interesses das crianças, com vista a estimular o seu gosto por aprender. O dia começa com uma atividade semi-dirigida, na qual se procuram trabalhar as competências indicadas para o ensino pré-escolar, sendo a segunda parte da manhã dedicada à brincadeira livre.
As aulas decorrem entre as 9h00 e as 13h00, de segunda a sexta, e, uma vez por semana, ocorre uma visita a um local, preferencialmente, do concelho, mas não só, momento no qual todas as crianças se juntam. Paul de Tornada, praia da Foz do Arelho, Praça da Fruta, Biblioteca Municipal, hortas, quintas pedagógicas ou fábricas de pão são alguns exemplos dos locais que os pequenos aprendizes já ficaram a conhecer. A escola criou ainda uma horta, em 2021/22, onde são plantados legumes da época, que são depois cozinhados e provados.
A escola já não tem vagas, que esgotaram “de imediato” quando as pré-inscrições foram abertas, em abril, informou Joana Oliveira. Há uma lista de espera. Os preços variam entre os 130 e os 240 euros. ■

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