Exutor submarino há quatro anos sem bóia de localização

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Instalado no mar junto à Foz do Arelho, a cerca de 2.150 metros da costa, o exutor submarino não tem qualquer sinalização à vista da sua localização. A situação foi denunciada esta semana pela Comissão de Defesa das Linhas de Água e Ambiente, que alerta para a segurança dos barcos que passam naquela zona

A Comissão de Defesa das Linhas de Água e Ambiente queixa-se que há quatro anos que o exutor submarino da Foz do Arelho (que transporta os esgotos das estações de tratamento para o Atlântico) não tem uma bóia de localização. O seu porta-voz, Vítor Diniz, realça a importância deste equipamento que permite identificar onde se encontra o exutor de modo a que os barcos possam passar em segurança.
A funcionar desde 2005, o exutor está colocado a cerca de 2.150 metros da costa, mas sem a bóia não se sabe exactamente onde, destaca Vítor Diniz, que já alertou por várias vezes a Agência Portuguesa de Ambiente (APA) sobre esse facto e questionou sobre o que tem sido feito para resolver a situação. Em resposta, a APA informou-o que a entidade gestora do exutor é a Águas do Tejo Atlântico SA, que lançou um concurso público que abrange a inspecção de oito emissários submarinos da concessão, entre os quais o da Foz do Arelho. Após essa vistoria será “elaborado o relatório, em resultado do qual serão definidas as intervenções a realizar e a forma de os concretizar”, informou Vítor Diniz, a quem a resposta não satisfaz pois entende que os organismos estão a “empurrar com a barriga”, o problema, não se comprometendo com uma data para a sua resolução.
O porta-voz da comissão acredita que a APA fará uma reunião junto à Lagoa antes das dragagens e, nessa altura, quer entregar ao seu presidente, Nuno Lacasta, uma carta a pedir explicações sobre qual o tempo que medeia a inspecção e a colocação da bóia.

A resposta da APA

À Gazeta das Caldas a APA confirmou que tem conhecimento da situação e que a entidade responsável pelo exutor é a empresa Águas do Tejo Atlântico, que já lançou concurso para a inspecção subaquática de emissários submarinos na sua área de concessão, que inclui o da Foz.
Esta entidade informa ainda que a abertura das propostas teve lugar a 5 de Fevereiro e que o tempo
de resolução da situação está “pendente dos trâmites procedimentais”, não avançando uma data em concreto.
Questionada sobre se a falta de bóia de sinalização oferece algum tipo de perigo, a APA respondeu que destina-se à segurança da navegação, sendo esta competência do Ministério da Defesa Nacional.